quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A formiguinha e a má escolha

Gabriel Tardin

“Há caminhos que parecem direitos ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 16:2).

Hoje, ao tomar banho, me deparei com uma cena interessante: senti algo tocando os meus pés na direção contrária à da água. Quando olho para baixo, eis uma pequena formiga sendo arrastada pela correnteza. No mesmo instante, dei um chute na corrente de água para salvar a formiguinha. Consegui salvá-la, mas a danada virou-se e foi caminhando novamente em direção à água. Salvei-a de novo, mas ela voltou para a água. A situação se repetiu mais algumas vezes, até que eu percebi que a formiguinha queria mesmo era entrar na água. Então eu deixei... Quando ela estava prestes a entrar no ralo, eu fiz um último esforço para salvá-la, mas a doida da formiguinha fez meia-volta e entrou na correnteza de novo. Foi arrastada pelas águas e morreu dentro do ralo. Eu saí do banheiro impressionado e muito pensativo. (…)

Amigo (a), temos um coração enganoso. Talvez nossas intenções e vontades não sejam o melhor caminho a seguir. À nossa vista, algumas coisas podem parecer boas, mas existe Alguém superior a nós olhando lá de cima e tentando indicar que aquele caminho é perigoso. O mais interessante é que Deus sempre nos tira dos rolos e armadilhas, e nos indica o caminho certo. Mas, a gente faz meia-volta e se joga, de novo, de cara no pecado. Deus tenta novamente, desmonta a armadilha, a gente vira e faz tudo de novo. Querido (a), Deus não irá insistir para sempre conosco. Ele sempre tenta indicar o melhor, mostrar o local mais seguro, mas nós sempre queremos fazer as coisas do nosso jeito. Deus enxerga além do que nossos olhos podem ver, mas nós preferimos seguir as próprias ilusões, como aquela água clara e cristalina estava iludindo a pobre formiguinha. Chega um momento em que Deus permite que soframos as consequências de nossas próprias escolhas, por livre-arbítrio. É neste momento que percebemos o quanto fomos errados. É verdade: algumas pessoas só descobrem que erraram após a situação tornar-se irreversível. - Caminhos de morte, Deus não deseja que andemos por eles.

Caro(a) amigo(a), aproveite as oportunidades que Deus te dá. Ele enxerga o futuro, um lugar que você não pode ver. Ele sabe o que é melhor. Não se deixe iludir por prazeres ou alegrias, talvez essas sejam as águas que irão te levar para o ralo do pecado e, consequentemente, para a morte. Se ponha no lugar que Deus designou para você e seja feliz. Viva o sonho do Senhor! Saiba que tuas decisões geram consequências - Deixe que Deus decida por você. Hoje você tem mais uma oportunidade, Deus te toma pela mão e te livra da correnteza do mundo...

SERÁ QUE VOCÊ VAI VOLTAR PARA A ÁGUA?

sábado, 22 de setembro de 2012

As frutas do pomar

Alceu Figueiredo

pomar

ANOS atrás escrevi um pequeno livreto, na verdade uma história infantil, a fim de ajudar uma filha na conclusão de um trabalho pedagógico e então escrevemos sobre um pomar.

Numa metáfora, o limão se queixava achando que as pessoas não gostavam muito dele, porque sempre as ouvia falando sobre seu azedume; enquanto os elogios iam para a laranja e, na época da colheita, ele ficava mais azedo ainda devido os elogios: “Que laranja doce!”.

Outro “vizinho” do limão, o caqui, é meio esverdeado, ficando vermelho quando maduro; mas nunca saboreado no pomar; tem de passar por certo preparo é só então fica saboroso, sem este preparo é uma “amarração” só.

Mais adiante, duas enormes árvores, o pé de abacate e de manga. Ambos frondosos e de frutos enormes; mas a “fofoca” no pomar é que são extremamente relaxados, e quando maduros caem no chão, viram uma tremenda sujeira.

A vida aqui no pomar, conta o limão, é uma graça! O abacaxi todo espinhado, a pequenina uva, a jabuticaba pretinha, a desajeitada melancia, e uma variedade de frutas, diferentes umas das outras.

Por fim, o limão começou a considerar as qualidades: Tenho bastante vitamina C que previne contra a gripe e concorre para a saúde em geral; mas não sou apenas remédio; sirvo para temperos em saladas e carnes; e, descobriu que justamente o seu oposto, o açúcar, quando se unem, se tornam no melhor e mais apreciado suco para as refeições.

Mas ele pensou: De onde vem esse açúcar? Descobriu que não provêm de um grande pé de árvore, mas da cana-de-açúcar, ou do milho, da beterraba e outros legumes e cereais, como se vê, plantas bem diferentes, que sozinhas também são limitadas em sua função.

Descrevemos a “vida no pomar” numa linguagem infantil e cheia de fantasias, para a criança entender que as pessoas, em certo sentido, são iguais as frutas; e, trouxe trechos desse diálogo para nossa meditação, pois, como disse o limão:

Cada uma tem seu próprio jeito de ser, de tamanhos e cores diferentes; gorduchas, magricelas, negras e claras; algumas são bem “doces” [amigas, prestativas]; outras são meio azedas como eu [pavios curtos, brigam por qualquer coisa]; mas isto não são defeitos em si ou qualidades, são características de cada uma, e todas têm seu valor.

Olha quantas lições aprendemos com essas frutas! Jesus disse, não julguem pela aparência. Nosso Deus sabe como transformar o azedo em doce; sabe como usar-nos em diversos ministérios. Quanto “limão azedo” Ele transformou numa gostosa limonada! O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora, disse Jesus (João 6:37).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Até o diabo sabe que NÃO existe adoração extravagante!

Ciro Zibordi


Há “adoradores” que insistem em defender e propagar um jugo desigual, a “adoração extravagante”. À luz da Bíblia, adoração só pode ser casada com reverência, prostração, inclinação, humilhação, quebrantamento, etc. Jamais pode ser associada à extravagância, termo que designa excentricidade, estroinice, esquisitice, falta de bom senso, dissipação, malversação, etc. Etimologicamente, o termo vem do latim extravagari e significa “andar errante” (Houaiss).
Jesus afirmou que os verdadeiros adoradores adoram o Pai “em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24). E é evidente que adorar em espírito e em verdade não denota adorar a Deus com uma “adoração extravagante”, irreverente, sem limites. Você sabia que até o Diabo sabe o que significa adoração? Ao tentar o Senhor, o Maligno lhe disse: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4.9).
Observe que o Inimigo associou a adoração à prostração. Nesse caso, ele se mostrou melhor conhecedor do sentido bíblico da adoração do que muitos “adoradores” da atualidade, os quais chamam de adoração as suas performances de street dance, funk, forró, balé, coreografia, etc. Ora, isso nada tem a ver com a verdadeira adoração!
Procure, no Antigo Testamento, pelo menos um versículo que associe a adoração a Deus à extravagância. Não há um sequer. Mas há inúmeras referências pelas quais se comprova que a adoração ao Senhor deve ser, sempre, reverente. Veja isso no Pentateuco (Gn 24.26; Êx 12.27; 34.8,9), nos Livros Históricos (2 Cr 20.18; 29.29; Ne 8.6) e nos Livros Poéticos (Jó 1.20; Sl 95.6).
Alguém poderá argumentar: “O Antigo Testamento não deve ser considerado. O que vale para a igreja de hoje é o Novo Testamento”. Veja que incongruência! Os propagadores da dança extravagante (funk, axé, samba, etc.), para defenderem as suas invencionices gospel, se apegam a quê? Ao Antigo Testamento! Isso porque citam, fora de contexto, as danças patrióticas de Miriã e Davi, além dos Salmos 149 e 150. Entretanto, ignoram o fato de Davi e Asafe jamais terem chamado dançarinos e coreógrafos para o louvor do Senhor, bem como fingem que não veem os vários textos veterotestamentários que associam a adoração à reverência.
Bem, se o Antigo Testamento não convence os “adoradores extravagantes” de que eles estão equivocados, então vejamos o que nos ensina o Novo Testamento. Em Mateus 2.11, não está escrito que os magos do Oriente entraram dançando na casa onde o menino Jesus estava. Mateus afirmou que eles, “entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram”. Não houve nenhuma dança! Os magos não eram “adoradores extravagantes”. Eles eram adoradores reverentes!
Em 1 Coríntios 14.25, no capítulo do Novo Testamento em que é abordado o culto a Deus, o apóstolo Paulo — depois de transmitir importantes instruções visando a decência e ordem (v.40), e não a extravagância e desordem — afirma o seguinte: “Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós”. Paulo se referiu ao visitante descrente que entra na casa do Senhor para assistir a um culto. Mais uma vez a Palavra de Deus associa adoração a prostração, e não a danças e música frenética.
O que eu acho bastante curioso é que muitos “adoradores extravagantes” afirmam que estão ensaiando na terra para adorar no céu... Meu Deus, tem misericórdia dos que não sabem o que dizem!
Quer saber como será a adoração no céu? Leia com atenção o livro de Apocalipse. Veja, especialmente, os capítulos 4, 5, 7 e 19. Em todos eles vemos que não haverá espaço para a famigerada “adoração extravagante” na presença do Senhor!
A “adoração extravagante” pode satisfazer a carne, alegrar a geração gospel, encher igrejas lideradas por propagadores do evangelho-show, etc. Mas no céu ela não terá lugar! Deus revelou ao apóstolo João que, ali, todos se prostrarão diante do que estiver “assentado sobre o trono”, a fim de adorar “o que vive para todo sempre” (Ap 4.10; 5.14).
João viu que “todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus” (7.11). Sabemos que as palavras de louvor e adoração que os verdadeiros adoradores pronunciam, hoje, continuarão a ser ditas diante do trono de Deus e do Cordeiro.
Ali, não haverá — repito — lugar para extravagâncias e irreverências: “E os vinte e quatro anciãos e os quatro animais prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia! E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, tanto pequenos como grandes” (Ap 19.4,5).
Quantos podem dizer “Amém! Aleluia!”?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O conto de fadas

Jonathan Nemer

Flynn-and-Pascal-flynn-rider-17617198-2048-1080Desde pequenininho (sim, eu já fui pequenininho) eu via nos programas de Televisão, nos filmes, na Xuxa (sim, eu já assisti Xuxa) meninas com o sonho de casar e encontrar o Homem Perfeito. Acreditavam que ele viria num cavalo branco, e seria lindo, perfeito. Ele seria rico e viveriam num castelo. Só a Xuxa mesmo pra fazer as mulheres acreditarem numa coisa dessas.
Mulheres??? Até eu acreditei. Vivo esperando minha princesa chegar, toda linda, num cavalo branco. Mas toda vez que vejo uma mulher montada no cavalo, ou é Policial, ou é caipira. Como não esperava minha princesa vir fardada, ou sem dentes e descalça, acabo deixando pra lá essa visão de contos de fadas.
Nos dias de hoje, esse mesmo contos de fadas ainda é vivido por algumas mulheres. Mas não tem mais cavalo na história. Tem um burro (que normalmente é o homem).
Para se locomover o burro tem que ter um carrão, ao invés do castelo ele tem que ter uma mansão, mas pelo menos, "graças a Deus" as mulheres não olham mais beleza. Não precisa ser lindo o homem, já que as mulheres olham o interior: da carteira. O amor da mulher é REAL (R$).
uhaeueaeauheauhauea
Brincadeiras à parte, são poucas pessoas que ainda acreditam que a vida pode ser um conto de fadas. Que acreditam que tudo vai se encaixar, e tudo vai se tornar perfeito.
Algumas têm o primeiro namorado, e com a decepção, já chutam tudo pro alto, e já falam que não acreditam mais em conto de fadas. Ao invés de ver a ação de Deus com esse primeiro namoro. Aprendeu, bateu a cabeça, e agora vai estar preparada para o conto de fadas.
Por mais biba que possa parecer, eu ainda acredito. Por mais que as situações me fale para desistir e chutar tudo para o alto eu permaneço firme nessa fé que tenho. Não no meu taco. Mas no Senhor.
Sei que talvez ela não seja do jeito que sempre imaginei. Ela pode ser mais alta, mais baixa, mais gorda ou mais magra, morena ou branquela. Não sei como ela vai ser, mas eu sei que eu já a amo. Quero ser uma bênção na vida dela. Quero fazê-la voltar a acreditar que existe contos de fadas. Que sei que não é comum, mas quando o homem quer fazer parte, e se esforçar para fazer dar certo, o conto de fadas pode acontecer.
Sei que não pareço um príncipe ou nada disso. Não tenho um cavalo branco, nem um castelo.
Mas tenho uma coisa muito importante. Tenho Jesus. Isso nenhum amigo ou inimigo pode roubar. Nem mesmo minha "príncipa" encantada. Ele quem provê todas as coisas que preciso, e acredito que Ele tem preparado minha futura, da maneira como sempre quis, e da maneira que oro pedindo até hoje.
Ela não precisa ter alguma característica em especial. Só precisa viver por Jesus. Amar mais a Ele do que a mim, e fazer o bem, não importa a quem.
Quero conhecer logo minha princesa. Talvez eu já a conheça. Talvez não. Talvez ela seja uma amiga. Talvez uma conhecida que eu nem goste muito.
Nem tudo na vida é como queremos ou como pensamos, mas ao fazer a vontade de Deus, mesmo com Bruxas e maçãs envenenadas, sei que Deus vai dar vitória.
Ainda que algum sapatinho fique pelo caminho, Deus dará direção.
Se a "Bela" ou o "Belo" (não o cantor) adormecer, Deus o despertará.
Não deixe que os príncipes ou as princesas falsificadas, que viram abóbora à meia noite, tirem a fé sobre o seu conto de fadas. Conheça bem esse príncipe. Veja como ele te trata, como trata os amigos e as pessoas mais velhas. Pois em alguns casos o disfarce dele dure mais que meia-noite, e você só vai notar a "Abóbora" do seu lado durante o namoro, ou depois do casamento.
Conto de fadas pra mim? É encontrar uma mulher que eu ame, que eu esteja disposto a fazer tudo por ela, que ela me ame, e que ambos coloquemos Deus em primeiro lugar. Conto de fadas pra mim é ter paz no coração ao tomar as decisões, é dormir tranquilo e acordar feliz, é ter orgulho da pessoa que está ao seu lado. Deus sabe o que eu quero, e sabe o que eu preciso. Tomara que Ele me dê uma princesa que seja o que eu quero e o que eu preciso. Tenho fé que vai acontecer.
(êta vaso do rebuliço uhaehueaheauheaueahuea)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Música e bom senso

Alceu Figueiredo

O mandarim e o híndi são as duas línguas mais faladas; depois delas é o espanhol a língua mais falada; cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo falam espanhol.

Talvez seja em razão disso que a música latino-americana seja tão conhecida e apreciada em todo o mundo, seja para ouvir ou para dançar; o mambo, o chá-chá, a merengue e a salsa.

São melodias alegres e animadas, de ritmos rápidos bem ao gosto latino-americano; mas na verdade foram introduzidas na América latina há centenas de anos por escravos da África Ocidental. Mas os latinos apreciam também as músicas românticas e até a melancólica, como o bolero.

Os mariachis do México, com seus ternos alinhados, grandes sombreiros e música típica, também são mundialmente conhecidos. A merengue é originária da República Dominicana e do Haiti; musica acelerada e contagiante; seu nome em português está associado a um doce feito de claras batidas em neve e açúcar; bem parecido ao movimento dos dançarinos da merengue.

Mas devemos ter o cuidado em não fazer outros tropeçar; não podemos exaltar o soberano Deus e ao mesmo tempo o príncipe deste mundo; pois o tema de muitas canções que ouvimos é irreverente, imorais, e algumas, sem exagero, satânicas.

Tem músicas latinas, incluindo a nossa tipicamente brasileira, com letras obscenas, algumas têm duplo sentido, outras eróticas ou sexualmente explícitas; músicas que incentivam a violência, a desforra e a rebeldia; promovem temas ofensivos, glorificando a embriaguez, o chauvinismo masculino, defendendo o aborto ou questões políticas nacionalistas.

A música nacional ou regional é parte da cultura de um povo; assim, como muitas outras coisas agradáveis que podem ser usufruídas, desde que sejamos seletivos, tendo moderação e juízo; evitando as danças sensuais, ou mundanas, como apropriadamente as chamamos; ter cuidado com o volume da música e na duração das reuniões; nada que pareça festança que varem a madrugada (Provérbios 25: 16).

Os que querem servir a Deus devem manter-se vigilantes, como pessoas sábias, e não como néscios (Efésios 5: 15-16); ninguém pode servir a dois senhores.

Mas apesar de prevalecer os elementos imorais no entretenimento de hoje, existem músicas que são saudáveis e o crente pode ouvi-las em algumas reuniões sociais até como dádiva de Deus; mas “tudo neste mundo tem o seu tempo, cada coisa tem sua ocasião” (Eclesiastes 3: 1-4).

Bom mesmo é quando o nosso coração deseja entoar canções que exaltam o amoroso Deus e Seu Filho Jesus, então, diremos com o salmista: “Vinde, cantemos com júbilo a rocha da nossa salvação” (Salmo 95).

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Antes de amarrar Satanás…

Elben M. Lenz César

SAI-DELE[2]

Virou moda entre alguns crentes o chavão “tá amarrado”. Mas será que viver repetindo esta frase resolve alguma coisa, traz algum benefício ou vitória sobre o mal? Isto não passa de uma frase de efeito criada pelas as Igrejas da Teologia da Prosperidade. Sabemos a prisão real de Satanás só ocorrerá no final dos tempos, conforme o capítulo 20 de Apocalipse .

Mas se fosse verdade que pudéssemos amarrar Satanás, teríamos antes de amarrar várias coisas que nos atrapalham.

Antes de amarrar Satanás, amarre os seus pés. São eles que o levam para o conselho dos ímpios, para o caminho dos pecadores e para a roda dos escarnecedores (Sl 1.1). Retire o seu pé do mal, da casa da mulher adúltera, do caminho largo, do altar dos ídolos, da multidão dos que não servem a Deus (Pv 4.26-27).

Antes de amarrar Satanás, amarre o seu coração. Ele não pode amar outro cônjuge além do seu, outro deus além de Deus. Ele não pode amar o mundo nem o que no mundo há (1Jo 2.15).

Antes de amarrar Satanás, amarre a sua língua. Ela é um mal incontrolável, cheia de veneno mortífero. Ela contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de uma vida (Tg 3.1-12).

Antes de amarrar Satanás, amarre seus ouvidos, eles não podem ouvir blasfêmias, irreverências, mentiras nem piadas imorais.

Antes de amarrar Satanás, amarre seus olhos. Se seus olhos forem maus, o seu corpo todo ficará na escuridão. Olhos altivos, olhos de cobiça, olhos cheios de adultério, olhos que nunca olham para cima, precisam ser amarrados dia após dia.

Antes de amarrar Satanás, amarre sua mente, ela precisa ficar cativa a Cristo. Você só pode pensar o que é verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e de boa forma.

Antes de amarrar Satanás, amarre seu gênio. Se você não suporta uma derrota, uma ofensa, uma crítica, uma dor, você é incapaz de viver neste mundo. Você não pode pedir fogo do céu para consumir os que não batem palmas par você.

Antes de amarrar Satanás, amarre sua vaidade pessoal. A soberba é um pecado latente que precisa ser dominado. É um pecado perigoso. A desgraça está a um passo depois do orgulho, e logo depois da vaidade vem a queda. O problema é muito grave.

Antes de amarrar Satanás, amarre sua incredulidade. Ela é um entrave enorme e uma ofensa contra Deus, pois sem fé é impossível agradá-lo. Você não pode raciocinar corretamente se não incluir os recursos da fé na revelação das promessas de Deus.

Antes de amarrar Satanás, amarre sua preguiça. A preguiça faz cair em profundo sono e inventa mil desculpas para você não se mover. Cuidado com a preguiça mental que não o deixa ler e estudar a Palavra de Deus. Cuidado com a fé sem obras.

Antes de amarrar Satanás, amarre sua timidez. O exército de Deus não recruta soldados tímidos, eles não estão aptos para a guerra, e ainda contaminam outros soldados.

Antes de Amarrar Satanás, amarre seu “eu”. Você não governa mais sua vida. Você foi crucificado com Cristo. Assim já não é você quem vive, mas Cristo que vive em você. Você não tem direitos, sobre si mesmo. Convém que Cristo cresça e você diminua.

Antes de amarrar Satanás, amarre o pecado que habita em você. Deixe morrer a míngua, o apetite da pecaminosidade latente. Castigue o seu corpo e faça dele escravo do Senhor. Ofereça-o em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

Depois de tudo amarrado, sinta-se à vontade para amarrar Satanás, no sentido de resistir as suas artimanhas e as suas investidas periódicas. Faça isso com autoridade de quem já se amarrou primeiro. Sempre em nome de Jesus.

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Link original: Clique aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sobre o Dia dos Namorados

Alceu Figueiredo

O DIA dos namorados! Para quem está comprometido; amando uma pessoa, fazendo projetos de uma futura união, a data virá reforçar esses laços com a troca de presentes e declarações de amor. Para os que romperam um namoro ou noivado, ou para quem não conseguiu achar a pessoa amada, a data pode até deprimir. Para os casados, a vida só é bela quando continuam namorando. A Bíblia reservou um livro, o de Cantares, a fim de encorajar o galanteio, as declarações de amor, apreciar a sensualidade em sua pureza, e ensinar os jovens a sonhar e fazer projetos ao lado da pessoa amada.

Doodle do Google 12.06

Mas é o dia dos namorados apreciado por todos os cristãos? Alguns fazem objeções a data, dada a sua origem. A data, na verdade, é uma homenagem a um ‘santo’ cultuado por católicos nórdicos: “são Valentim” [270 a.D]; nos países de língua inglesa, ‘The Valentine's Day’. A história remonta ao imperador Cláudio II que proibiu o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Valentim, então bispo da igreja de Roma, continuou celebrando casamentos secretamente. A prática foi descoberta e Valentim preso e condenado à morte. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha de um carcereiro, cega e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, sua morte é comemorada a 14 de fevereiro, também marca a véspera de lupercais festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

No Brasil e Portugal acredita-se que a celebração a 12 de junho esteja ligada ao “santo casamenteiro”, santo Antônio, celebrado no dia 13, por ter se empenhado em ajudar duas moças pobres a se casar. Dizem que a “simpatia” para as solteironas que não conseguem arranjar namorado é só enfiar a imagem do coitado dentro de um copo d’água de cabeça para baixo e prometer tirar só quando conseguir. Assim vive a humanidade! “lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade”, e “entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele e o mais Ele fará”; estes sim, são apelos que valem a pena (Ec 12; Sl 37).

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O selo

Alceu Figueiredo

O primeiro selo postal, ‘Penny Black’, surgiu na Inglaterra em 6 de maio de 1840, e a ideia foi de Sir Rowland Hill, membro do Parlamento do Reino Unido. Antes da criação do selo as encomendas eram pagas pelo destinatário o que resultou em muitas devoluções e prejuízos, com a criação do selo a tarifa é paga pelo remetente, exceto algumas transações comerciais modernas. O 3º selo emitido no mundo, foi o brasileiro ‘Olho de Boi’, em duas séries somando mais de 2 milhões, e com valores diferenciados. A palavra “selo” é muito usada na Bíblia, de inicio não propriamente uma estampilha, mas um carimbo ou marca oficial que indicava propriedade individual ou pagamento de imposto governamental. Os reis costumavam “selar” com seu anel uma escritura ou lei, como garantia de cumprimento da mesma e obediência dos seus súditos. Selo lembra carta, uma palavra do latim ‘charta’, do grego ‘khartes’, folha de papiro, provavelmente de origem egípcia; mas a palavra ‘carta’ deriva do verbo grego ‘epistellein’ [epistola], que significa ‘mandar, enviar’. “Correio” é outra palavra interessante para nossa meditação. Vem do Latim currere, “deslocar-se com pressa, correr”, que era a forma de fazer as cartas chegarem mais cedo na época do correio a cavalo ou de veleiro. Por fim, correspondência vem de uma raiz Indo-Europeia, “co-responder”, afiançar, atender a um chamado; e, “Comunicação” e “Noticia”, do latim ‘communicatio’, repartir, distribuir.

Todas estas considerações ajudam-nos a entender melhor as palavras de Paulo aos Efésios; quando diz que fomos “selados com o Espírito Santo da promessa” quando cremos em Cristo e aceitamos a palavra da verdade; e não como se convencionou dizer que o crente é ‘selado’ quando fala em novas línguas (Ef 1:13, 14) O texto fala que este ‘selo’ é o “penhor”; depósito, entrada, pagamento inicial. A presença do Espírito Santo é a garantia que Deus nos dá de que a nossa salvação será consumada. Doutra maneira, os que não falassem línguas não teriam essa garantia, e Paulo teria sido infeliz ao recomendar que busquemos antes o dom de profetizar que o dom de línguas. Todo aquele que creu em Cristo, para a salvação, recebeu este ‘selo’, e passa a ser a carta de Deus aos homens, portadores de Sua mensagem; e deve “currere” pela urgência da hora. Que privilégio e bênção!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

'Artistas estão mais preocupados com glória pessoal que com a glória de Deus', afirma Jaime Kemp

O pastor Jaime Kemp, fundador do ministério Vencedores por Cristo e do ministério Lar Cristão afirmou no Salão Internacional Gospel, que artistas cristãos estão mais preocupados com a glória pessoal que com a glória de Deus.

No evento que expõe artistas e produtos da música gospel, Kemp disse ao The Christian Post, que no panorama atual da música gospel, muitos dos artistas do segmento, os “artistas” querem viajar em aviões e ficar em hotéis de luxo.

“Não há sacrifício. Minha preocupação é na questão de sermos servos”, diz, e conclui: “acho que hoje muitos desses artistas pensam que a igreja que os chama são seus servos e não se colocam na posição de servir”.

Outro problema que o preocupa é a chamada comercialização do evangelho, comentando sobre os artistas evangélicos que cobram cachês para tocar e priorizam os ganhos financeiros.

Falando especificamente das composições atuais, ele comenta que as letras são muito pobres, não há mensagens sobre itens fundamentais como fidelidade à palavra, arrependimento, entrega total ao senhorio do Cristo.

“Não há esses elementos presentes na moderna música evangélica brasileira”. E se defende, “não faço parte deste movimento pop, cuja tônica é a desorganização e ausência de vida e testemunho cristãos”.

“Realmente não sei se esses jovens que estão hoje nos palcos tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador ou se sabem comunicar o evangelho”, enfatiza Kemp.

Vencedores por Cristo

O famoso e ainda hoje muito lembrado conjunto de música evangélica Vencedores por Cristo é considerado um dos precursores da música cristã brasileira.

Segundo o líder cristão, na época da criação do grupo Vencedores por Cristo a música não era o ponto central.

“O ponto central era o discipulado, treinamento e ensino dos jovens. Eles eram ensinados como viver juntos, como dar testemunho, porque parte do ministério era o evangelismo.”

Os critérios para estar no grupo eram, segundo o líder, ser convertido a Cristo, ter um coração de servo e ter o desejo de trabalhar debaixo da estrutura e organização do grupo, além de ser recomendado pelo pastor de sua igreja.

“A idéia era a preparação da juventude para trabalhar na igreja (...) as músicas eram usadas como meio de comunicar e também dar testemunho levando a Palavra de Deus a lugares, os mais diferentes, como igrejas, praças, prisões”.

Por meio do ministério Vencedores por Cristo foi possibilitada a formação de mais de 200 líderes, missionários, pastores e músicos.

Kemp explica que o grupo criado na década de 1970 nunca teve o desejo ou intenção de influenciar a música brasileira.

“Deus direcionou, pois tivemos muitos compositores que foram treinados conosco. A música desenvolvida por eles acabou por transformar a música e o louvor brasileiros”.

Do ministério surgiram proeminentes músicos, hoje muito conhecidos no meio evangélico, como Guilheme Kerr, Nelson Bomilcar, João Alexandre e outros que foram formados nessa época.

O líder disse ainda que teme que os hinos tradicionais da fé cristã se percam, já que eles não são tão populares entre os jovens e nas igrejas atualmente. Segundo ele, isso é preocupante pois há muita teologia e ensinamentos nos hinos tradicionais.

Jaime Kemp e a esposa Judith Kemp, são casados há 47 anos e lideram o ministério voltado à area familiar e são autores de pelos menos 60 títulos literários. O Vencedores por Cristo ainda existe atualmente e seu foco principal é o evangelismo.

* Como visto no The Christian Post.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

ENENEM Gospel


Wilson Tonioli

Vamos para mais um teste da nossa mediocridade através do Exame Nacional Evangélico Neófito de Ensino Medíocre:


1. Um dos filhos de Dã, - Gênesis 46.23

a) Hunão
b) Husim
c) Hutalvez
d) Huvamos-orar

2. Cidade de Judá, - Josué 15.43

a) Iftá
b) Afta
c) Sapinho
d) Bafo-de-jiboia

3. Um descendente do Rei Saul, - 1 Crônicas 9.42

a) Jaerá
b) Tchau
c) Acabou-se-tudo
d) The end

4. Um filho de Jafé e pai de um povo, - Gênesis 10.2

a) Javã
b) Aetano Eloso
c) Hico Uarque
d) Al Osta

5. Uma cidade da herança de Benjamim, - Juízes 19.10


a) Jecar
b) Jebus
c) Jelotação
d) Jevou-a-pé-mesmo

6. Líder dos hebreus depois de Moisés

a) Josufoi
b) Josuserá
c) Josué
d) Josupensa-logo-existe

7. Um dos cantores no templo, - 1 Crônicas 25.4

a) Malote
b) Sedex
c) Carta-Registrada
d) Retira-no-local

8. Cabeça de uma família de Issacar, - Números 1.8

a) Natanael
b) Leitenael
c) Capuchinael
d) Tanta-gente-sem-o-que-comer-e-você-reclamando-da-nata-no-leite-nael

9. Um deus de Nínive, - 2 Reis 19.37

a) Nispagode
b) Nisroque
c) Nissamba
d) Nisouço-o-que-quiser-o-ouvido-é-meu

10. Mordomo do rei Acabe, - 1 Reis 18.3

a) Obanoites
b) Obaanos
c) Obadias
d) Obafim-de-semana-com-sol

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sábado, 28 de abril de 2012

"Hino da Harpa é coisa ultrapassada!"


Né não, irmãos? hehehehe

terça-feira, 24 de abril de 2012

Teologia Raul Seixas e o Evangelho “maluco beleza”

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Luiz Sayão

É fato conhecido que um dos pioneiros do rock nacional, que fez muito sucesso há cerca de três décadas, foi o controvertido Raul Seixas. Numa mistura de protesto e busca por respostas para a vida, o conhecido “Raulzito” causou a mais diversificada reação em todo o país.

Pouca gente sabe que o falecido roqueiro conheceu o Evangelho de Cristo. Chegou até mesmo a ter um filho com sua primeira companheira, que era filha de um missionário norte-americano. Todavia, a perspectiva panteísta e agnóstica de Raul Seixas mostrou que o famoso cantor não abriu o coração para a mensagem do Evangelho. Sua morte não deixa dúvidas sobre isso!

Por incrível que pareça, se Raul Seixas não se deixou influenciar pelas boas novas de Jesus, parece-me que suas idéias estão cada vez mais presentes na realidade evangélica contemporânea. Será possível que estamos caminhando para uma “teologia do Raul Seixas”? Será que teremos um evangelho “maluco beleza”? O amigo leitor pode dar sua própria opinião.

Enquanto as Escrituras deixam claro que existe apenas um Deus verdadeiro, que está acima de sua criação (Is 44.6; Rm 1.18-21), a perspectiva panteísta aparece expressa na música “Gita”, de Raul. Ele afirmava:

“Eu sou a luz das estrelas /

A mãe, o pai e o avô /

O filho que ainda não veio /

O início, o fim e o meio.”

Este enfoque tenta tirar de Deus a glória que só Ele tem e merece. De modo geral, o panteísmo que deifica a natureza acaba definindo como categoria suprema o fluxo do movimento. Heráclito sorriria no túmulo. Tais idéias, muito presentes nos filmes norte-americanos mais populares, parecem emergir do conceito de que Deus é uma energia, “um fluir” (unção?). Em certos redutos evangélicos já se pode perceber que Deus se tornou “um poder manipulável” por “comandos determinadores”. Além disso, o enfoque da teologia do processo, que já nos influencia com todos os seus desdobramentos específicos, também diminui Deus e o coloca sob o domínio do “fluxo do tempo”, sugerindo que Ele é apenas nosso sócio na construção da história.

METAMORFOSE AMBULANTE

A idéia da supremacia do fluxo do tempo desemboca na rejeição de outras categorias fixas. A única categoria é o próprio tempo, o novo senhor absoluto. Com esse pressuposto, já não podemos ter teologia e ética definidas e claras. Embora a Bíblia seja um livro de orientações muito cristalinas sobre Deus, a salvação e o propósito da vida (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), para muitos evangélicos, a teologia “maluco beleza” é preferível.

Como diria Raul:

“Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante /

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.” 

Se uma opinião for antiga, deve ser rejeitada! Há uma crise doutrinária e teológica em boa parte do meio evangélico. Muitas pessoas adotam hoje idéias liberais, místicas e extremistas sem a devida avaliação. Nesse caso, não importa sua fundamentação teológica, histórica e lógica. Viva a metamorfose!

Tal sensação de indefinição, presente no pensamento do roqueiro tupiniquim, ajudou a formar seu perfil estranho, controvertido e até mesmo bizarro. Não é que um grupo significativo de evangélicos também já tem se aproximado do esdrúxulo?! Há um certo desprezo pela reflexão, pela teologia, e o crescimento de práticas risíveis e simplesmente inacreditáveis. Será que podemos ouvir o eco da música de Raul ao contemplar grande parte do chamado meio evangélico atual? Será que estamos diante do

 “Contemplando* a minha maluquez /

Misturada com minha lucidez”? 

Até onde vai a nossa “maluquez”? Será que voltaremos à lucidez? Será que muitas reuniões religiosas de hoje estão nos deixando, “com certeza, maluco beleza”? Espero que essa sensação seja um exagero! Todavia, temo que não seja!

Não faz tanto tempo assim, os cristãos evangélicos entendiam que um culto de adoração a Deus tinha, de fato, Deus como o centro do culto. Muitos cânticos tinham letra elaborada, teologia saudável e enfatizavam os atributos e os atos de Deus. No entanto, em algumas reuniões dominicais de hoje, temo que o foco esteja sendo mudado. Novas canções falam de um amor quase romântico e indefinido, divertem a massa, exaltam unção, montanhas, Jerusalém, guerra etc. O conceito de dedicar o domingo para uma diversão sem propósito e finalidade bíblica é manifesta na teologia do Raul Seixas. Como ele mesmo dizia:

“Eu devia estar contente pelo Senhor ter me concedido o domingo para ir ao jardim zoológico dar pipocas aos macacos”. 

Será que já podemos observar “uma fauna evangélica com suas macaquices litúrgicas”? Tomara que não! Espero que tudo que escrevo não passe de uma análise exagerada! Todavia, temo que não.

Como todo enfoque teológico, o pensamento do “teólogo-músico pós-ortodoxo” nacional, também possui as suas decorrências de ordem prática. Não há como fugir da realidade. A forma de pensar e ver o mundo influencia e determina a vida prática de qualquer pessoa. A verdade é que se adotarmos uma base panteísta, um pensamento relativista, uma ética indefinida e práticas místicas emocionalistas sem conteúdo, não chegaremos a lugar nenhum. E não é que o “grande teólogo-roqueiro” já sabia disso! Quem pode lembrar de sua “perspectiva teleológica” que determinou seu trágico fim?

“Este caminho que eu mesmo escolhi /

É tão fácil seguir/ Por não ter onde ir.”

Se a igreja evangélica brasileira desvalorizar a doutrina bíblica, desprezar a teologia, deixar de lado a ética e afundar-se no misticismo e nas novidades ideológicas frágeis, logo ela descobrirá que esse é um caminho “tão fácil de seguir”. O grande problema é que no final das contas “não teremos para onde ir”.

Mais do que nunca, precisamos desesperadamente voltar nossa atenção para as Escrituras Sagradas, com o verdadeiro desejo de obedecer a Deus e à sua verdade. Que Deus nos abençoe.

P. S.: (*) – Na verdade, esse trecho de “Maluco Beleza” traz a palavra “controlando”.

 

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/04/teologia-raul-seixas-e-o-evangelho.html#ixzz1syiRPmPX
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sábado, 14 de abril de 2012

O discipulado de Paulo

Jair Barreto

Imagino como o testemunho de Estêvão foi relevante para a conversão de Paulo.
Ele, que vivia a serviço do Deus "olho por olho e dente por dente". Ver Estêvão, em sua última súplica, pedir o perdão de Deus aos que lhe matavam.
Como isto já devia estar transtornando suas convicções. Mas que Jesus era este, que ensinou aos seus discípulos que eles atrairiam outros a sua fé, sem lutas, sem socos, sem gritos ou imposição.
Interessante notar que no momento do seu encontro com Deus, na estrada de Damasco, ao ser barrado por aquela voz e luz, ele imediatamente passa a chamar Jesus de Senhor, sem indagações nem dúvidas, o que nos daria base para presumir o que discorremos acima sobre a influência de Estêvão a sua conversão.
Imediatamente, sua segunda pergunta foi: Que queres que eu faça?
Aqui vemos a predisposição em obedecer prontamente!
Se humilha, deixando-se ser guiado por outros. Vai até a casa designada e fica em contrição completa, em jejum e oração, imagino que refletindo todas as mortes e assassinatos daqueles que serviam a Jesus, assassinatos ora presenciados, ora por ele executados.
Cego, completamente vulnerável, talvez aguardando sua própria condenação, cuja consciência e religiosidade prévia diziam que devia ser "vida por vida", logo, que a sua, por aquilo que ele mesmo cria, deveria ser ceifada em razão dos seus atos.
Esperando por quem? Justo por um discípulo de Jesus, alguém que provavelmente poderia ser mais uma vítima sua no futuro, para que lhe restaurasse a visão.
Melhor ficasse cego, imagino que talvez pensou, do que de repente observar alguém parente de alguém que matei.
Para que a restauração da vista? A do apóstolo foi para enxergar a beleza do evangelho de Jesus, que culmina num ato de misericórdia de Deus justamente através de alguém que humanamente e pela própria lei a que Paulo havia se devotado a vida inteira, deveria matá-lo, o que não acontece, somente por intervenção divina, que mandou a Ananias recolher seu preconceito, raiva (talvez existente) e estender a mão de misericórdia.
Outra coisa... Porque o próprio Jesus, assim como o cegou, não diretamente o curou também?
Penso que justamente para que fique muito, muito claro, algo que só a Deus pertence: a punição de um homem por seus pecados, esta unicamente pelas mãos limpas, santas e justas de Deus. Da parte da igreja, a que lhe cabe, estender a mão de perdão e reconciliação a todo e qualquer a quem Deus em sua soberania resolver chamar de filho.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A perfeita lei da liberdade

Esdras Emídio
Podem parecer dois termos antagônicos, principalmente para o conceito de liberdade que geralmente ouvimos. Lei e liberdade. Muitas vezes, alguns têm colocado a lei como algo que restringe a liberdade. Discordo. A lei restringe o operar das vontades, dando-lhes o momento certo de serem satisfeitas ou então proibindo que sejam operadas. Isso é de simples constatação.
Imaginemos que não houvesse leis de trânsito, o semáforo especificamente. Como se resolveriam os grandes cruzamentos? Baseado na solidariedade humana? Impossível. Num simples cruzamento de trânsito, temos vários interesses em conflito: o motorista do ônibus quer terminar logo sua viagem, o empregado atrasado ou quase a se atrasar quer chegar logo ao serviço, o taxista com um passageiro super apressado, a ambulância com um doente ou ferido necessitando de socorro etc. Nem sempre eles estarão seguindo o mesmo fluxo, logo terão de ceder a vez. Fá-lo-iam todos seguindo simplesmente os ditames de sua consciência?
O simples semáforo restringe a vontade que todos têm de chegar o mais rápido possível a um determinado destino. Ninguém em sã consciência reclama do inventor do semáforo. Graças a esse mecanismo, é possível pôr ordem no fluxo, e todos conhecemos ao menos um caso em que o desrespeito a essa “lei” tenha gerado graves conseqüências.
A lei vem garantir que haja liberdade, que as pessoas não fiquem reféns da própria vontade ou sejam prejudicadas pelas vontades de outrem. Sem lei, não há essa ordem. O que dizer, porém, da lei de Deus?
A lei de Deus tem a mesma função de controlar o exercício das vontades. Nos Dez Mandamentos, escritos pelo dedo de Deus – portanto é Ele Seu autor –, encontramos oito mandamentos negativos. “Não” farás isso ou aquilo. Esse é um claro sinal de que a lei veio restringir as más vontades do homem. Para haver então mandamentos restritivos, era necessário haver algo no homem que, de uma forma ou de outra, o fizesse ir naturalmente contra o que diz a lei. Não houvesse uma predisposição ao pecado, não haveria necessidade de dizer “não farás” isso ou aquilo. O pecado nem precisaria ser nomeado. Por isso está escrito: “...a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15: 56).
É a lei, pois, pecado? “De modo nenhum” (Romanos 7: 7). A mera exclusão ou inclusão da lei na vida de alguém não o faz perfeito ou sem pecado perante Deus. Como dito anteriormente, a lei restringe a operação da vontade, faz claro que operar toda a vontade que se tem, a todo momento e algumas a momento algum, não é correto. Contudo, isso não tira do coração do homem a vontade em si. E, perante Deus, maus pensamentos são tão ruins quanto más ações (Mateus 5:28).
Na nossa relação com Deus, a lei por si não nos garante a liberdade. Aquele que sonda todas as ações, também sonda os corações (as intenções). Alguém que tenha conhecimento da lei divina e não cometa as suas proibições, no entanto, viva a alimentar no seu coração o que lhe é contrário, não está em nenhuma vantagem sobre aqueles que praticam o pecado. É ele mesmo um igual praticante.
Como pode então um homem cumprir a lei de Deus? Alguém poderá logicamente perguntar. Outra pessoa poderá sabiamente responder: “Só morrendo!”. Sim. Somente morrendo.
Há duas comparações bíblicas para o homem que não crê em Jesus Cristo como seu Único e Suficiente Salvador e, fatalmente, não obedece à lei de Deus: Mortos ou Escravos do pecado (Efésios 2: 1; Romanos 6: 20). Mortos não ouvem, mortos não expressam vontade, mortos não podem decidir. Mortos no pecado, separados de Deus, igualmente não podem nada daquilo. É necessário que haja vivificação. Essa é a vivificação prometida por Cristo desde já, essa é a água prometida por Ele, que dá vida e nunca mais nos deixa sedentos (João 4: 14; Colossenses 2: 13). A partir dessa vivificação, é inevitável uma morte para o pecado (Romanos 6: 2 e 11).
A morte para o pecado e vida para Deus é a mesma situação da libertação do escravo do pecado que agora é, pela fé em Cristo, um servo de Deus. Isso não faz da pessoa um ser perfeito instantaneamente, mas não é possível viver em ambas as situações (ser escravo do pecado e servo de Deus, pois é “impossível servir a dois senhores” Mateus 6: 24).
Deus, em Sua infinita sabedoria a amor, concedeu os Dez Mandamentos após a saída do Seu povo da condição de escravos, na qual passou cerca de 430 anos no Egito. Embora a lei sempre tenha sido vigente, pois todas as suas infrações sempre foram pecados, e Abraão, pai daquele povo, recebeu testemunho do próprio Deus que “guardara Suas leis, preceitos e estatutos” (Gênesis 26: 5), essa semente de Abraão não poderia obedecer a Deus como escravos no Egito. Por essa razão, a lei lhes foi revelada quando saíram dessa degradante condição.
Assim também sucede hoje ao homem. Não há poder no homem para que decida obedecer a Deus, é necessário que o Senhor providencie a sua “saída do Egito”. E ela foi providenciada. O Cordeiro pascal já foi morto, o preço das transgressões à lei já foi pago. Portanto, aquele a quem o Espírito Santo tem dado a entender, já compreende que Jesus Cristo é o meio pelo qual o homem pode ser livre, pois Ele mesmo é “o caminho (a Deus), e a verdade (que liberta) e a vida (eterna)” (João 14: 6); a Verdade que liberta (João 8: 32), o próprio Jesus.
Somente os libertados por Jesus podem cumprir o que diz o apóstolo Tiago: “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” (Tiago 1: 25).
E não somos libertados em vão. Tal como a saída do Egito foi necessária para que o povo tivesse clara a lei de Deus, escrita em tábuas de pedras por Ele mesmo (Êxodo 31: 18), assim também a nossa saída da condição de escravos, pela Graça de Jesus, é necessária para que tenhamos escrita, em nossos corações pelo Espírito Santo, a lei de Deus (Jeremias 31: 33; Hebreus 8: 10).
O propósito de Deus em salvar o homem é torná-lo novamente e integralmente Sua imagem, conforme Sua semelhança (Gênesis 1: 26). Para tanto, é necessário criar um novo homem, nascido de novo que, por Deus, é criado “em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4: 24).
Alguém imagina algo que seja justo e santo sem a lei? A própria lei é “santa e o mandamento é santo, e justo e bom” (Romanos 7: 12). Esse é o parâmetro de santidade que o vivificado e libertado por Deus tem. Ele não confia em sua consciência corrompida, ele busca na Palavra de Deus os seus conselhos, ele medita na lei de dia e de noite e isso é saúde para seu corpo, dá sabedoria e alegra o seu coração (Salmo 19).
Tal como a lei penal aflige o homem que a transgride, colocando-o por vezes numa prisão, assim a lei de Deus é uma aflição ao homem que vive no pecado. Mas, ao liberto por Cristo e vivificado por Deus, ela é tema das suas meditações e alegrias.
Que possamos buscar do Senhor as condições necessárias, pois, em nós mesmos, não as temos (não tínhamos condições de decidir servi-Lo, mas Ele tem Se revelado a nós; não tínhamos condições de fazermos Sua vontade, mas Ele tem sido nossa Força. Aleluia!). Aquele que é Fiel e Justo e nos alistou, por graça e misericórdia, em Suas fileiras, dar-nos-á tudo quanto seja necessário para que estejamos alinhados à Sua vontade, que é boa, agradável e perfeita (Romanos 12: 2) sempre.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A canção de Karen

Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo. Salmo 22:6

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“Sangrou meu Salvador? Morreu meu Soberano? Daria Ele a santa fronte por um verme como eu?”, escreveu Isaac Watts em um de seus famosos hinos. Desde então, algumas pessoas têm ignorado a última frase.

Em nossa era em que reina a psicologia do “sentir-se bem” e da “autorrealização”, foi colocada de lado a antiga teologia que afirma que somos vermes diante da glória de Deus. Uma geração que nega a existência do pecado certamente não quer ser humilhada por expressões como essa.

Do ponto de vista bíblico, no entanto, Isaac Watts estava correto. A boa-nova sobre Deus começa com a má notícia a nosso respeito. Perante Ele, nossa justiça é como trapos de imundícia. Não há nada em nós mesmos que nos torne dignos de sermos aceitos pelo Pai. Nada. Realmente somos vermes. Enquanto não admitirmos nossa grande necessidade, a Palavra não poderá prover Sua graça.

A teologia do “verme” tem dois lados. Um deles possui um aspecto aterrorizante e até mesmo fatal.

Durante uma longa viagem de avião rumo a outro país, me cansei de ler e decidi colocar o fone de ouvido para avaliar a seleção de música disponível. Uma voz da geração passada – agradável, nostálgica, com um toque de tristeza – soou pelo sistema de som. Abri o guia de entretenimento e li que o programa oferecia canções selecionadas de Karen e Richard Carpenter.

Karen Carpenter! Sua história veio à minha memória ao ouvir novamente a voz melancólica. Karen, acompanhada pelo irmão, Richard, conquistou grande sucesso como cantora na década de 1970, chegando a somar mais de cem milhões de cópias vendidas até a década de 1990. Encantadora e amada, Karen se tornou ídolo de muitas jovens. Porém, apesar da fama conquistada, Karen sofria de baixa autoestima. Ao observar-se no espelho, essa mulher atraente não conseguia parar de pensar em quanto era feia. Em 1983, Karen, aos 32 anos de idade, faleceu de parada cardíaca provocada pela anorexia nervosa. Por vários anos ela se obrigou a passar fome. Na época, parecia quase impossível aceitar a explicação de seu falecimento, mas desde sua morte trágica essa condição tem se tornado bem conhecida na vida de outras jovens.

O outro lado da teologia do “verme” é aquele que eu gostaria que Karen Carpenter tivesse conhecido. Aos olhos de Deus não somos vermes. Somos amados, preciosos, especiais, lindos. Somos príncipes e princesas do Rei do Céu.

 

*Extraído do site da Casa Publicadora Brasileira – Meditações Diárias

quarta-feira, 28 de março de 2012

Esta tormenta é passageira!

 
Alejandro Bullón


Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade. Provérbios 24: 16

Este mundo é um mundo de guerra. Não falo da guerra entre nações. Este mundo vive um conflito espiritual de conseqüências eternas. Há um acusador que tenta desfigurar o caráter de Deus. Apresenta-O como um Deus tirano, cruel, intransigente e que não Se preocupa com Suas criaturas. Outras vezes, O projeta como um Deus complacente, permissivo e sem personalidade. Simples energia ou força motivadora. Milhares de seres humanos aceitam fascinados esse tipo de idéias. Compram livros, discos e vídeos. Assistem a seminários e participam de congressos onde Deus não passa de uma idéia geradora da vida e mais nada.
Quando esse tipo de estratégia não lhe dá resultado, o inimigo persegue. No livro de Provérbios, Deus faz uma advertência a ele e a todos os instrumentos humanos que se atrevem a atacar os que confiam no Senhor. “Não te ponhas de emboscada, ó perverso, contra a habitação do justo, nem assoles o lugar do seu repouso”, diz o verso 15. E depois vem o texto de hoje: “Porque sete vezes cairá o justo e se levantará”.
Essa é uma das mais extraordinárias promessas da Bíblia. Os seus inimigos podem fazer o que quiser para destruir você. Podem usar da fraude, da mentira, da intriga ou da violência. Podem feri-lo. Destruí-lo jamais. Sete vezes você pode beijar a lona. Mas se confiar em Jesus, se levantará as sete vezes, até que seus inimigos não terão mais forças para continuar atacando você.
É verdade que há momentos em que a flecha inimiga penetra perto do coração. Eu sei que há horas em que humanamente você sente que não tem mais forças para resistir. Tudo parece escuro. O temor invade seu coração. Nesses momentos, levante os olhos na direção de Jesus. Quem confia nEle, nunca está derrotado. Ele venceu a própria morte. Emergiu da tumba e silenciou as gargalhadas do inimigo para sempre.
Esta dor vai passar. Esta tormenta é passageira. Já vem o sol de um novo dia. Não se desespere, não desista. Logo, logo, seus inimigos servirão de estrado para os seus pés,“porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade”.







sábado, 10 de março de 2012

A suave e inesperada voz de Deus

Há muito venho observando as diversas facetas de comunicação de Deus.

Quantas vezes a resposta para uma questão que me incomodava há dias não estava em uma letra de música? Ou, quantas vezes ouvi uma palavra de carinho e conforto através de uma conversa informal com algum amigo distante?

Isso sempre me acontece - estou confusa, triste, por vezes me afundando em autopiedade, quando de repente a resposta vem; seja por um SMS, por uma imagenzinha dessas de mensagens do Facebook, ou até por um comentário "nada a ver" de uma pessoa... Coincidência? Pelo que tenho visto nessas ocasiões, não. É a maneira que Deus escolheu para se comunicar comigo, demonstrando que está atento às minhas necessidades.

A gente não aprende mesmo. Esperamos que Deus venha falar conosco através de um anjo enorme e brilhante que toca uma trompa de ouro... Deus não precisa, para responder às nossas muitas súplicas, se manifestar em meio a um show pirotécnico divino. Vamos deixar essa mania de grandeza de lado.

Exemplo prático: Elias deprimido na caverna, escondendo-se da rainha Jezabel, pedindo a morte, desesperado. A resposta de Deus era mais do que necessária. O profeta presencia um vendaval, logo após um terremoto e até mesmo fogo (não sei como). Mas Deus não estava no meio do zumzum. Por fim, Elias ouve uma voz suave a falar com ele (I Reis 19: 11-12). Do jeitinho que seu coração pesaroso e cansado precisava. Sem mais!

Deus se comunica conosco de maneira simples, pra que possamos ouvi-lO e entendê-lO. Sua voz é mansa e delicada, traz ao nosso íntimo a paz, a serenidade, a quietude.

Então, fique atento. O Espírito Santo pode te dar a resposta que você tanto procura de uma maneira singela, inesperada, inimaginável...!





quarta-feira, 7 de março de 2012

Deus “operou”?

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Rubinho Pirola

“…e não guardaram os seus estatutos, antes se deixaram enganar por suas próprias mentiras” (Amós 2:4).

 

- Houve arrepios?

- Tremeu o chão?

- Houve choro?

- Não?

- Então Deus não “operou”.

O louvor é fraco, o pregador, sem unção, a igreja, fria… o culto não foi bom.

Será? Quais os “sinais” pelos quais a igreja espera dos céus para crer?

Já não basta a fé, crermos mesmo no que Deus fala e falou, no que nos trouxe pela Palavra. Temos de ter “testificação”, documentada em três vias assinadas e com selo governamental das nossas emoções (e o da congregação) para crermos.

Ando meditando sobre a alma, sobre o poder dessa carne, de querer reger não só a minha própria vida, como a vida dos crentes e dos serviços religiosos em toda a parte.

E a coisa não é simples de ser vista e, nisso, todos estão incluídos: pentecostais, carismáticos ou "históricos".

Pois há a tendência dos crentes - muitos até “tradicionais”, reformados e outros de herança mais, digamos, “comportada e comedida” nos atos litúrgicos e religiosos. Ninguém, a rigor está a salvo. Pois imagina-se que, no silêncio de algumas salas de cultos – é mais fácil escondermo-nos e os nossos pensamentos e corações distantes de Deus e frios da sua presença, na quietude e reverência desses cultos.

A linha que separa alma, emoções, pensamentos e a nossa cultura arraigada tecida longe de Deus, do espírito, do nosso homem novo criado em Deus é muito tênue e só pode ser divisada pela Palavra e ação do Espírito Santo.

Tem horas que penso que o extraordinário (e não o sobrenatural!) pelo qual a igreja procura tem mais a ver com a nossa falta de fé e desejo de convertemo-nos a nós mesmos pelo que se vê, toca e sente, do que propriamente para revelar ao mundo a presença de Deus. Pede-se por curas, milagres e, desconfio que já nem é tanto por amor e misericórdia pelo enfermo, como para provar para si mesmo – o crente – que Deus existe, age e, o que é pior, pode ser comandado por nós, a criatura. Afinal, não é para isso que servem a maioria dos cultos televisivos e da mídia em geral?

São mezinhas, técnicas, truques e “simpatias teológicas” para fazer Deus fazer o que e na hora, o que desejamos?...

A alma quer ditar e até dominar a nossa vida de comunhão com Deus, os nossos devocionais, desde sempre. E tomar a primazia de Deus em nós mesmos. Lá no profundo.

Se não há “tema musical”, uma música de fundo… então não há “presença de Deus”, ou o “sentirmos Deus”. Não há a presença de Deus porque… não “pintou o clima”.

Queremos viver a vida cristã com a alma no comando, não fazendo com que ela acompanhe ou reverbere o “mover” de Deus, mas indo à frente, achando que ela pode fazer mover Deus. Se sinto, se tremo, se arrepio, então Deus está presente.

E por ai, julgamos os cultos, as pregações, os “louvores” - pela quantidade de gente que chorou, pelo número dos que “caíram”… pelas emoções que provocou.

Culto bom, já não são os emocionantes, com louvor a usar letras inspiradas e bíblicas, pregações com exegese rigorosa e bíblica; mas os emocionais, os que são acompanhados pelos “choros de berçário”, onde todos choram porque um chorou antes. Onde fala-se mais do homem, do que é terreno, do que aquilo que é divino.

Deus tocou-me, não porque sinto, mas porque creio pela Palavra, que diz que Ele fê-lo. Porque afinal, vou até Deus com inteira certeza de fé, e não pela instabilidade das minhas emoções. Vou até Ele pelo vivo e novo caminho, isto é, pelo sangue de Jesus, que não vejo, não toco, mas creio que foi derramado por mim. Vou até Ele por fé, pelo firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem e não pelo que sinto, vejo, toco ou experimento na carne.

Estando a pensar nisso tudo, lembrei-me do sábio conselho de Gamaliel, em Atos 5:38, que sugeriu certa vez: “… deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, ela, por si só se desfará”. Assim, se houve algo no meio de nós, na minha vida, seja qual foi a experiência, no nosso culto, ou nos nossos atos solenes ou mais intimistas… esperemos pela Segunda feira.

Se foi de Deus, vai provocar mudanças, vai trazer frutos.

Se foi de Deus, foi sobrenatural – como o é, algum “vida torta” como eu, manifestar (contrariamente o que seria natural supor, ou naturalmente capaz de acontecer), o carácter de Cristo visto em mim, se não foi, terá sido apenas algo estraordinário, “show evangélico” ou apenas, “coreografia religiosa", dessas para fariseu ver. E "crer".

***

Leia Mais em:

http://www.genizahvirtual.com/2009/09/deus-operou.html#ixzz1oQnuz1ZH

terça-feira, 6 de março de 2012

Ressuscita os sonhos… de quem?!

 

Zilton Alencar

A música “RESSUSCITA-ME”, gravada por Aline Barros, tem gerado muita polêmica no meio evangélico por causa de sua mensagem. Muitas pessoas afirmam que, do início ao fim, é uma letra com conteúdo extra-bíblico (embora trate do episódio da ressurreição de Lázaro, narrado no Evangelho de João). No fundo, acho um pouco de exagero nas críticas, pois a maioria dos "erros" se dá por causa de uma liberdade poética mal compreendida. Mas não restam dúvidas que a letra apresenta equívocos que, à luz da Bíblia, se mostram nocivos à Igreja e à sã doutrina. Não critico quem a canta, mas a letra da canção, admoestando os compositores a tomarem mais cuidado.

Embora tenha uma melodia agradável, associada à bela voz de Aline e a um bom arranjo musical, a música a meu ver se utiliza exageradamente de liberdade poética (que deveria ser evitada ou reduzida ao máximo, dada a necessidade de as composições evangélicas serem submissas à verdade teológica). A letra peca, sobretudo, em um aspecto: o antopocentrismo, a valorização do sonho humano, principalmente quando fala nas entrelinhas que “inimigos” (a eterna síndrome de perseguição dos crentes neopentecostais brasileiros, que beira à esquizofrenia!) estão tentando sepultar a alegria do crente, querendo ver os seus sonhos cancelados. Finalmente, o protagonista pede a Deus em súplica “ressuscita os meus sonhos”.

Sonhar não custa nada ― já diz o velho ditado, já dizia o samba-enredo de uma grande escola de samba do Rio de Janeiro que sonhava com o tricampeonato na Sapucaí... e não conseguiu! Os sonhos, os projetos, os planejamentos fazem parte da natureza do homem. Há quem diga que um homem sem sonhos é menos que um homem. Não há nenhum pecado em sonhar, em planejar, em executar tais planejamentos no objetivo de se alcançar algo lícito. Entretanto, desde o Antigo Testamento o Senhor já deixa claro que “o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem da boca do Senhor” (Pv 16:1). No Novo Testamento, Jesus já deixa claro na oração do Pai-Nosso que os nossos planos devem estar sempre submissos à vontade de Deus e o Reino tem prioridade sobre o indivíduo: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6:10). Ele próprio submeteu-se a esta vontade (Mt 23:36-46), abrindo mão da sua própria.

O fato pode não ser muito agradável, mas tem que ser dito: Deus não tem qualquer compromisso em realizar ou satisfazer os sonhos do homem, de forma individual! Seu compromisso é com a implantação de Seu Reino, e se preciso for, que o homem se submeta aos sonhos do Senhor, e jamais Ele, o Senhor, se submeta aos sonhos humanos. Na verdade, vemos nas Escrituras um Deus Todo-Poderoso especialista em destruir sonhos pessoais, em prol de um plano muito maior que os sonhos mesquinhos dos homens. Basta olhar o texto sagrado, para que esta verdade salte aos olhos.

Vejamos a vida de Abrão, ainda em Ur dos Caldeus, rico, bem estabelecido em sua terra e ao lado de seus parentes e amigos. De repente, o Deus Eterno o chama para deixar família, terra, comodidade, em suma, abandonar todos os seus sonhos para satisfazer o sonho divino de criar para Si uma nação escolhida... Saiu às cegas, sem nem mesmo saber para onde ia, em obediência ao Deus destruidor de sonhos...

José, o sonhador-mor, teve todos os seus sonhos de adolescente destruídos por seus irmãos quando estes o venderam como escravo aos ismaelitas ― mais tarde, o próprio José deixa claro que quem o enviou ao Egito foi Deus, e não a traição de seus irmãos de sangue (Gn 45:5)... Foi necessário José passar pela dura escravidão e pelo humilhante cárcere reservado aos estupradores, acusado de um crime que não cometeu, para que Deus o estabelecesse como governador do Egito. E esta elevação não se deu para satisfazer o sonho do coração de José, e sim para conservar em vida a nação hebreia no período da fome, assim como todas as demais nações que compraram o trigo egípcio. Mais uma vez, os sonhos de deus suplantam os do homem .

Se dermos uma olhada no Novo Testamento, vemos um homem cego na estrada de Damasco. Este homem, educado nas letras da Torah aos pés de Gamaliel, membro do Sinédrio judeu, era talvez um forte candidato futuro a uma vaga neste importante grupo de anciãos. Jesus Cristo não somente destruiu estes sonhos de Paulo, como também reservou-lhe uma vida de privações, perseguições, espinhos e sofrimentos, que culminou em decapitação por ordem do imperador romano.

Poderíamos citar uma penca de homens citados na Bíblia cujos sonhos foram cancelados pelo próprio Deus: Jonas foi obrigado a fazer o que não queria e sofreu as consequências da obrigação imposta por Deus pelo resto da sua vida (ou o que você acha que aconteceu com a pele do profeta, após três dias em contato com os sucos gástricos do grande peixe?); Jeremias foi proibido de casar, e provavelmente viveu em celibato por toda a sua vida, sem constituir família, sem deixar prole após si (algo humilhante para um judeu); Oséias foi obrigado a se casar com uma prostituta para demonstrar o sentimento divino pelo povo de Israel (você se submeteria a este capricho divino??).

Todos os sonhos destes homens ― e olha que só citei alguns! ― foram cancelados e anulados, em prol de um sonho muito maior; o sonho de Deus. Não foram inimigos quem cancelaram tais sonhos; foi o Deus destruidor de sonhos!

Por isso, quando eu canto este hino, jamais uso a expressão MEUS SONHOS. Sempre a substituo por TEUS SONHOS, pois compreendo que os sonhos de Deus é que devem se cumprir em mim, e jamais os meus sonhos pessoais e mesquinhos devem ser respeitados por Deus, que se obriga a satisfazê-los no tempo e na intensidade que EU QUERO.

Eu tenho muitos sonhos... Gostaria de ser rico, ter bom carro, boa casa, quem sabe uma casa de praia e uma chácara no campo, dinheiro no bolso e tempo para gastar este dinheiro, viajar, fazer compras no shopping, almoçar e jantar em bons restaurantes... Quem sabe nem precisar trabalhar... Sonhar não custa nada!

Não peco por ter tais sonhos, desejar tais benesses para minha vida pessoal. Mas será que alcançarei todos, quem sabe alguns, ou eles serão anulados por Deus em prol de Seu Reino? Será que tais sonhos, uma vez satisfeitos, não me afastariam de Deus e de Seu Reino? Não sei... Só sei que estes sonhos, cada um deles, todos eles, estão submissos aos sonhos de Deus. Os sonhos dEle, certa e indubitavelmente, são mais altos e mais nobres que os meu. Por isso canto a plenos pulmões: “Remove a minha pedra, me chama pelo nome, muda a minha história, ressuscita os TEUS sonhos...”.

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Como visto no Blog do EsquiZilton

quinta-feira, 1 de março de 2012

Só uma dica aos evangélicos

Juliana Dacoregio*

Óbvio que os erros a seguir não se aplicam a todos os crentes, mas infelizmente a maioria ainda se comporta de tal forma.

Na ânsia de apresentar Jesus aos descrentes e sofredores, você se atém apenas aos trechos bíblicos que afirmam que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” e que “ninguém chega ao Pai se não por ele”. Tudo bem, eu sei, é nisso que você crê: quem não “aceitar Jesus” vai chorar e ranger os dentes pela eternidade. Mas, calma lá, devagar com o andor que o santo é de barro (aliás, você não é de barro? Então por que toda essa presunção de acreditar que você conhece a verdade e eu não?). As pessoas precisam ser amadas, primeiramente. E elas não se sentirão amadas se você não escutá-las, se você não tentar compreender os motivos, os gostos e os desejos delas.

Muitos de vocês não admitem que alguém seja consolado com qualquer coisa que não seja a Bíblia, filmes cristãos ou hinos de louvor. Meu amigo, deixe de ser ignorante e “menino na fé”, como exortou Paulo. Você pode até acreditar que Jesus é o único caminho, a única salvação, a única maneira de alguém chegar a Deus, mas Deus tem mil maneiras de chegar aos homens e não é apenas através da prepotente ousadia humana em “pregar a Palavra”. Já assistiu ou leu Os Miseráveis? Já percebeu a mensagem de perdão que este filme/livro passa? Já percebeu o quanto de princípios cristãos há em Um Sonho de Liberdade? Sabia que alguém pode sentir-se tocado por Deus ou por uma paz grandiosa lendo autores que, aparentemente, nada têm de cristãos?

Abra sua cabeça, meu irmão evangélico. Se você apenas se preocupa em salvar as almas do Inferno e não presta atenção ao Inferno que está dentro delas, me desculpe, mas você não está fazendo isso certo. A libertação é aqui e agora, porém com um passo de cada vez. Não estrague tudo quando alguém lhe falar sobre depressão. Não seja hipócrita a ponto de tomar direitinho seus remédios para pressão alta ou sinusite e acreditar que doenças psiquiátricas são do diabo e que se eu estiver de bem com Deus não vou mais precisar do meu psiquiatra, dos meus remédios, da minha terapia.

O maior ato cristão é estar presente, às vezes apenas assistindo a um filme junto, dando uma carona, tomando um sorvete, compartilhando problemas, trocando experiências, se deixando também ser ajudado, enfim, se mostrando humano, revelando suas falhas e não tentando parecer uma fortaleza.

Você, cristão, quer ser exemplo e referência, mas esquece de amar. Esquece que o amor tudo suporta. Você não quer ser suporte, quer ser o dono da razão, quer ver as pessoas dizendo “Jesus, eu te aceito em minha vida”, mas não quer estar ao lado enquanto ela se recusa a crer. Enquanto isso, muitos descrentes, budistas, muçulmanos, judeus, agnósticos e ateus estão dando a mão a quem precisa e sendo exemplo de companheirismo e amor. Não me venha dizer que nada disso adianta, que o único amor eficaz é aquele que vêm de quem acredita em Jesus Cristo como único Senhor. Amor SEMPRE adianta. Amor SEMPRE consola. AMOR SEMPRE DÁ BONS FRUTOS (Estão aí os twitts do @EmersonAnomia que não me deixam mentir!).

Se você está apenas querendo apresentar a sua verdade e não se coloca no lugar do outro, sinto muito, mas o seu Jesus provavelmente olha pra você, balança a cabeça em desaprovação, faz “tsc, tsc” e pensa: “ai, meu Deus, esse aí tem muito que aprender”.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (1 Coríntios 13:13)

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Eder Pinheiro - www.comunidademakadesh.com

* Encontrei este texto no Facebook do Eder Pinheiro, a única referência à autoria é simplesmente o nome Juliana Dacoregio. Se alguém tiver informações mais precisas sobre a autoria desse texto, favor me informar!

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