quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A formiguinha e a má escolha

Gabriel Tardin

“Há caminhos que parecem direitos ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 16:2).

Hoje, ao tomar banho, me deparei com uma cena interessante: senti algo tocando os meus pés na direção contrária à da água. Quando olho para baixo, eis uma pequena formiga sendo arrastada pela correnteza. No mesmo instante, dei um chute na corrente de água para salvar a formiguinha. Consegui salvá-la, mas a danada virou-se e foi caminhando novamente em direção à água. Salvei-a de novo, mas ela voltou para a água. A situação se repetiu mais algumas vezes, até que eu percebi que a formiguinha queria mesmo era entrar na água. Então eu deixei... Quando ela estava prestes a entrar no ralo, eu fiz um último esforço para salvá-la, mas a doida da formiguinha fez meia-volta e entrou na correnteza de novo. Foi arrastada pelas águas e morreu dentro do ralo. Eu saí do banheiro impressionado e muito pensativo. (…)

Amigo (a), temos um coração enganoso. Talvez nossas intenções e vontades não sejam o melhor caminho a seguir. À nossa vista, algumas coisas podem parecer boas, mas existe Alguém superior a nós olhando lá de cima e tentando indicar que aquele caminho é perigoso. O mais interessante é que Deus sempre nos tira dos rolos e armadilhas, e nos indica o caminho certo. Mas, a gente faz meia-volta e se joga, de novo, de cara no pecado. Deus tenta novamente, desmonta a armadilha, a gente vira e faz tudo de novo. Querido (a), Deus não irá insistir para sempre conosco. Ele sempre tenta indicar o melhor, mostrar o local mais seguro, mas nós sempre queremos fazer as coisas do nosso jeito. Deus enxerga além do que nossos olhos podem ver, mas nós preferimos seguir as próprias ilusões, como aquela água clara e cristalina estava iludindo a pobre formiguinha. Chega um momento em que Deus permite que soframos as consequências de nossas próprias escolhas, por livre-arbítrio. É neste momento que percebemos o quanto fomos errados. É verdade: algumas pessoas só descobrem que erraram após a situação tornar-se irreversível. - Caminhos de morte, Deus não deseja que andemos por eles.

Caro(a) amigo(a), aproveite as oportunidades que Deus te dá. Ele enxerga o futuro, um lugar que você não pode ver. Ele sabe o que é melhor. Não se deixe iludir por prazeres ou alegrias, talvez essas sejam as águas que irão te levar para o ralo do pecado e, consequentemente, para a morte. Se ponha no lugar que Deus designou para você e seja feliz. Viva o sonho do Senhor! Saiba que tuas decisões geram consequências - Deixe que Deus decida por você. Hoje você tem mais uma oportunidade, Deus te toma pela mão e te livra da correnteza do mundo...

SERÁ QUE VOCÊ VAI VOLTAR PARA A ÁGUA?

sábado, 22 de setembro de 2012

As frutas do pomar

Alceu Figueiredo

pomar

ANOS atrás escrevi um pequeno livreto, na verdade uma história infantil, a fim de ajudar uma filha na conclusão de um trabalho pedagógico e então escrevemos sobre um pomar.

Numa metáfora, o limão se queixava achando que as pessoas não gostavam muito dele, porque sempre as ouvia falando sobre seu azedume; enquanto os elogios iam para a laranja e, na época da colheita, ele ficava mais azedo ainda devido os elogios: “Que laranja doce!”.

Outro “vizinho” do limão, o caqui, é meio esverdeado, ficando vermelho quando maduro; mas nunca saboreado no pomar; tem de passar por certo preparo é só então fica saboroso, sem este preparo é uma “amarração” só.

Mais adiante, duas enormes árvores, o pé de abacate e de manga. Ambos frondosos e de frutos enormes; mas a “fofoca” no pomar é que são extremamente relaxados, e quando maduros caem no chão, viram uma tremenda sujeira.

A vida aqui no pomar, conta o limão, é uma graça! O abacaxi todo espinhado, a pequenina uva, a jabuticaba pretinha, a desajeitada melancia, e uma variedade de frutas, diferentes umas das outras.

Por fim, o limão começou a considerar as qualidades: Tenho bastante vitamina C que previne contra a gripe e concorre para a saúde em geral; mas não sou apenas remédio; sirvo para temperos em saladas e carnes; e, descobriu que justamente o seu oposto, o açúcar, quando se unem, se tornam no melhor e mais apreciado suco para as refeições.

Mas ele pensou: De onde vem esse açúcar? Descobriu que não provêm de um grande pé de árvore, mas da cana-de-açúcar, ou do milho, da beterraba e outros legumes e cereais, como se vê, plantas bem diferentes, que sozinhas também são limitadas em sua função.

Descrevemos a “vida no pomar” numa linguagem infantil e cheia de fantasias, para a criança entender que as pessoas, em certo sentido, são iguais as frutas; e, trouxe trechos desse diálogo para nossa meditação, pois, como disse o limão:

Cada uma tem seu próprio jeito de ser, de tamanhos e cores diferentes; gorduchas, magricelas, negras e claras; algumas são bem “doces” [amigas, prestativas]; outras são meio azedas como eu [pavios curtos, brigam por qualquer coisa]; mas isto não são defeitos em si ou qualidades, são características de cada uma, e todas têm seu valor.

Olha quantas lições aprendemos com essas frutas! Jesus disse, não julguem pela aparência. Nosso Deus sabe como transformar o azedo em doce; sabe como usar-nos em diversos ministérios. Quanto “limão azedo” Ele transformou numa gostosa limonada! O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora, disse Jesus (João 6:37).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Até o diabo sabe que NÃO existe adoração extravagante!

Ciro Zibordi


Há “adoradores” que insistem em defender e propagar um jugo desigual, a “adoração extravagante”. À luz da Bíblia, adoração só pode ser casada com reverência, prostração, inclinação, humilhação, quebrantamento, etc. Jamais pode ser associada à extravagância, termo que designa excentricidade, estroinice, esquisitice, falta de bom senso, dissipação, malversação, etc. Etimologicamente, o termo vem do latim extravagari e significa “andar errante” (Houaiss).
Jesus afirmou que os verdadeiros adoradores adoram o Pai “em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24). E é evidente que adorar em espírito e em verdade não denota adorar a Deus com uma “adoração extravagante”, irreverente, sem limites. Você sabia que até o Diabo sabe o que significa adoração? Ao tentar o Senhor, o Maligno lhe disse: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4.9).
Observe que o Inimigo associou a adoração à prostração. Nesse caso, ele se mostrou melhor conhecedor do sentido bíblico da adoração do que muitos “adoradores” da atualidade, os quais chamam de adoração as suas performances de street dance, funk, forró, balé, coreografia, etc. Ora, isso nada tem a ver com a verdadeira adoração!
Procure, no Antigo Testamento, pelo menos um versículo que associe a adoração a Deus à extravagância. Não há um sequer. Mas há inúmeras referências pelas quais se comprova que a adoração ao Senhor deve ser, sempre, reverente. Veja isso no Pentateuco (Gn 24.26; Êx 12.27; 34.8,9), nos Livros Históricos (2 Cr 20.18; 29.29; Ne 8.6) e nos Livros Poéticos (Jó 1.20; Sl 95.6).
Alguém poderá argumentar: “O Antigo Testamento não deve ser considerado. O que vale para a igreja de hoje é o Novo Testamento”. Veja que incongruência! Os propagadores da dança extravagante (funk, axé, samba, etc.), para defenderem as suas invencionices gospel, se apegam a quê? Ao Antigo Testamento! Isso porque citam, fora de contexto, as danças patrióticas de Miriã e Davi, além dos Salmos 149 e 150. Entretanto, ignoram o fato de Davi e Asafe jamais terem chamado dançarinos e coreógrafos para o louvor do Senhor, bem como fingem que não veem os vários textos veterotestamentários que associam a adoração à reverência.
Bem, se o Antigo Testamento não convence os “adoradores extravagantes” de que eles estão equivocados, então vejamos o que nos ensina o Novo Testamento. Em Mateus 2.11, não está escrito que os magos do Oriente entraram dançando na casa onde o menino Jesus estava. Mateus afirmou que eles, “entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram”. Não houve nenhuma dança! Os magos não eram “adoradores extravagantes”. Eles eram adoradores reverentes!
Em 1 Coríntios 14.25, no capítulo do Novo Testamento em que é abordado o culto a Deus, o apóstolo Paulo — depois de transmitir importantes instruções visando a decência e ordem (v.40), e não a extravagância e desordem — afirma o seguinte: “Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós”. Paulo se referiu ao visitante descrente que entra na casa do Senhor para assistir a um culto. Mais uma vez a Palavra de Deus associa adoração a prostração, e não a danças e música frenética.
O que eu acho bastante curioso é que muitos “adoradores extravagantes” afirmam que estão ensaiando na terra para adorar no céu... Meu Deus, tem misericórdia dos que não sabem o que dizem!
Quer saber como será a adoração no céu? Leia com atenção o livro de Apocalipse. Veja, especialmente, os capítulos 4, 5, 7 e 19. Em todos eles vemos que não haverá espaço para a famigerada “adoração extravagante” na presença do Senhor!
A “adoração extravagante” pode satisfazer a carne, alegrar a geração gospel, encher igrejas lideradas por propagadores do evangelho-show, etc. Mas no céu ela não terá lugar! Deus revelou ao apóstolo João que, ali, todos se prostrarão diante do que estiver “assentado sobre o trono”, a fim de adorar “o que vive para todo sempre” (Ap 4.10; 5.14).
João viu que “todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus” (7.11). Sabemos que as palavras de louvor e adoração que os verdadeiros adoradores pronunciam, hoje, continuarão a ser ditas diante do trono de Deus e do Cordeiro.
Ali, não haverá — repito — lugar para extravagâncias e irreverências: “E os vinte e quatro anciãos e os quatro animais prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia! E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, tanto pequenos como grandes” (Ap 19.4,5).
Quantos podem dizer “Amém! Aleluia!”?

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