sábado, 30 de julho de 2011

Adoradores do Miojo Profético

Clayton O'Lee
Imagem by Ruben Mukama


Renato Russo dizia pertencer à geração Coca-Cola. O tempo passou e hoje a nossa geração se identifica com outro produto. O miojo.
Somos a geração do instantâneo.
Um toque no iPhone nos coloca em contato com o mundo inteiro. São tantas redes “sociais”. Não precisamos nos preocupar com endereços, já que o GPS conhece todos os caminhos do planeta inteiro.
Este novo mundo instantâneo é tão atraente e eficiente que várias vezes chegamos a nos perguntar como era possível até bem pouco tempo viver sem essas facilidades.
Nos esquecemos que a Bíblia foi escrita em outra época. No ritmo das ferramentas dos agricultores, na cadencia dos pastores nos campos onde a vida corre sem pressa e onde a urgência é falta de sabedoria.
Na esfera da fé também mais do que nunca queremos resultados imediatos. Tudo está tão organizado, sistematizado e catalogado que para conseguir alguma coisa de Deus basta seguir 12 passos para isso, 8 semanas para aquilo e BUM!! Resultado alcançado. Daqui a algum tempo vamos pedir que o Senhor responda nossas orações de preferência em até 140 caracteres.
Nos esquecemos que o convite de Jesus aos apóstolos não foi para seguirem-No e viver três anos de aventura. Foi, sobretudo, um gracioso desafio a seguirem-No por toda vida e para além dela.
Conhecer Jesus é muito mais que 7 semanas de campanha. É mais profundo do que algumas pregações e músicas nos sugerem. Às vezes parece que alguns estão adorando um deus miojo. Um deus para hoje, para já. E só.
A maior prova disso é a multidão de crentes com medo da morte lotando as igrejas. Perdemos o foco do eterno. Não desejamos mais cumprir a carreira e receber o maior prêmio de todos. Ver Jesus face a face. Desejamos ardentemente esse mundinho de pequenas facilidades e bênçãos instantâneas.
Como você tem tratado Jesus em seu coração?
Como um deus miojo?
Ou como um Deus tão infinito e maravilhoso que nem a eternidade inteira vai ser suficiente para descobrir toda largura e profundidade de Seu amor?
Pense Nisso.
***

Como visto no Blog do Clayton O'Lee.

Manifesto Cristão



A maior parte do cristianismo evangélico hoje é fundamentado em clichês. A maior parte do nosso cristianismo vem de músicos que se dizem cristãos, e não da bíblia. A maior parte do que os evangélicos acreditam é ditado pela cultura secular e não pela escritura. 
Poucos são os que encontram a porta estreita. Consequentemente, as ideias mais populares possivelmente não são os conceitos mais próximos da verdade bíblica. Nos dias de hoje, desconfie de qualquer “Best-seller”. Desconfie de qualquer um que for sucesso ou um furacão de vendas, simplesmente porque a genuína verdade cristã jamais foi e nunca será “digerida” pelas massas. A maior prova disso, é que mataram o seu autor. Se caiu no gosto da maioria é falso. Lembre-se, Jesus se referiu aos seus verdadeiros seguidores como “pequenino rebanho”.
A apostasia que a Bíblia nos advertiu que seria evidente nos últimos dias já está em pleno andamento. Somente aqueles que se mantiverem firmes a Palavra de Deus serão protegidos e salvos. Este remanescente de crentes fiéis será visto como pessoas antiquadas e de mentalidade fechada. 
A natureza da salvação de Cristo é deploravelmente deturpada pelo evangelista moderno. Eles anunciam um Salvador do inferno ao invés de um Salvador do pecado. E é por isso que muitos são fatalmente enganados, pois há multidões que desejam escapar do Lago de fogo, mas que não têm nenhum desejo de ficarem livres de sua pecaminosidade e mundanismo. Sem santificação ninguém verá o Senhor.
Os Evangélicos modernos procuram encher suas igrejas de analfabetos bíblicos, convencendo-os que eles irão para o céu, simplesmente porque levantaram a mão e fizeram uma oração, como sinal de aceitação de Jesus como Salvador, e que Ele vai lhes dar o sucesso familiar, social e financeiro, se tiverem um nível de moralidade considerável e forem dizimistas fiéis; o que se constitui propaganda enganosa.
Muitos dizem não ter vergonha do evangelho, mas são uma vergonha para ele. A primeira geração de cristãos pós-modernos já está aí. São crentes que pouco ou nada sabem da Palavra de Deus e demonstram pouco ou nenhum interesse em conhecê-la. Cultivam uma espiritualidade egocêntrica, com nenhuma consciência missionária. Consideram tudo no mundo muito “normal” e não veem nenhuma relevância na cruz de Cristo. Acham que a radicalidade da fé bíblica é uma forma de fanatismo religioso impróprio e não demonstram nenhuma preocupação em lutar pelo que creem.
Você sabia que 80 á 90% das pessoas que “aceitam a Cristo” em trabalhos evangelísticos se “desviam” depois? O motivo de tudo isso tem sido esse evangelho centrado no homem que é pregado nos púlpitos, nas TVs e nas casas, onde o bem-estar e a prosperidade tem se tornado “mais valiosos” que o próprio sangue de Cristo. A graça já não basta mais (apesar dos louvores e acharmos Cristo tão meigo). O que nós realmente queremos é “o segredo” para sermos bem-sucedidos. Desejamos “uma vida com propósitos” para taparmos com peneira o vazio que sentimos. O Vazio de um espírito morto que somente Deus pode ressuscitar. Queremos “o melhor de Deus para nós” nesta vida, no lugar de tomarmos a nossa cruz e de negarmos a nós mesmos. Queremos conhecer “as leis da prosperidade” mais do que o Espírito de Santidade; e, para nos justificarmos, tentamos ser pessoas auto-motivadas e de alta performance, antes de sermos cristãos cuja alegria está em primeiro lugar Nele; e santos bem aceitos pelo mundo a despeito das Palavras de Jesus contrariar esse posicionamento.
A falha do evangelismo atual reside na sua abordagem humanista. Esse evangelho é francamente fascinado com o grande, barulhento, e agressivo mundo com seus grandes nomes, o seu culto a celebridade, a sua riqueza e sua pompa berrante. Para os milhões de pessoas que estão sempre, ano após ano, desejando a glória mundana, mas nunca conseguiram atingi-la, o moderno evangelho oferece rápido e fácil atalho para o desejo de seus corações. Paz de espírito, felicidade, prosperidade, aceitação social, publicidade, sucesso nos negócios, tudo isso na terra e finalmente, o céu. Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que os ministros de hoje pregam, ele nunca teria sido crucificado. 
Hoje temos o espantoso espetáculo de milhões a ser derramado na tarefa de proporcionar irreligioso entretenimento terreno aos chamados filhos do céu. Entretenimento religioso é, em muitos lugares rápido meio de se esvaziar as sérias coisas de Deus. Muitas igrejas nestes dias tornaram-se pouco mais do que pobres teatros de quinta categoria onde se "produz" e mercadeja falsos “espetáculos” com a plena aprovação dos líderes evangélicos, que podem até mesmo citar um texto sagrado fora de contexto em defesa de suas delinquências. E dificilmente um homem se atreve a levantar a voz contra isso. 
A maioria dos crentes não acredita que a Bíblia diz o que está escrito: acreditam que ela diz o que eles querem ouvir. Contornar a Palavra de Deus e chamar os nossos desejos de direção divina, só leva à multiplicação do pecado. Há muitos vagabundos religiosos no mundo que não querem estar amarrados a coisa alguma. Eles transformaram a graça de Deus em libertinagem pessoal e muitas vezes coletiva. Se você crê somente no que gosta do evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em você mesmo. 
Ai de vocês que pregam seu falso evangelho, transformam a casa de Deus em comércio. Vendem seus CDs, vendem seus falsos milagres, vendem suas falsas unções, vendem falsas promessas de prosperidade, enquanto na verdade só vocês têm prosperado. Como escaparão do juízo que há de vir? 


"Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?" Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido." João 6:60;66-65

- Conteúdo adaptado a partir de algumas ideias e textos de diversos autores Cristãos.


Como visto no blog Ao Único Deus Verdadeiro.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

John Stott - Livre como um pássaro

Esdras Costa Bentho


Fiquei profundamente triste com a morte do ilustre teólogo John Stott. Ele colocou sua vida sobre o altar de Deus e de lá nunca a removeu. O primeiro livro que li foi Cristianismo Básico, depois outras importantes obras de Stott, na maioria, por influência dos textos e pregação do rev. Caio Fábio. Chamava-me atenção sua abnegação a Jesus Cristo ao renunciar a construção de uma família para edificar a grande família de Deus.

Segue abaixo, uma notícia publicada por Cristianismo Hoje, e um depoimento do teólogo Russell P. Shedd.


Livre como um pássaro

Morre John Stott, teólogo britânico que ajudou a construir a Igreja contemporânea.
Nos últimos anos, o pastor e teólogo britânico John Stott  não podia, emfunção da idadepraticar uma de suas paixões: a ornitologia. Aficionado pelaobservação de pássaros, era nos bosques do Reino Unido que ele passava boa parte de suas horas de folga, com binóculo em punhomáquina fotográfica a tiracolo e o inseparável caderninho de anotaçõesDesavisados poderiam pensar que era apenas mais um idoso preenchendo o ócio da aposentadoria. As aparências enganam. Ali estava um dos gigantes da  cristã contemporâneaque ajudou a construir a Igreja Evangélica ao longo do século 20. Teólogo brilhante, pastor apaixonadofilantropo convictoconferencista eloqüenteescritor inspirado e idealista de vanguardaStott deixou esta vida no dia 27 de julho, em Londres, de causas naturaisaos 90 anosLivre como os pássaros que ele tanto amava.
No seu último aniversário, em abril, amigos, colaboradores e parentes mais chegados – Stott era solteiro e não tinha filhos – fizeram uma reunião com elena casa de repouso onde vivia. O encontro teve inegável caráter de despedida.“Já sabíamos o que estava para acontecerStott deixou um exemplo impecávelpara lideres de ministérios em todo o mundo – amor pela Igreja global, paixão pela fidelidade bíblica e amor pelo Salvador”, define Benjamin Homam,presidente de John Stott Ministries, entidade criada pelo pastor para apoiar líderes cristãos ao redor do mundo. A instituição é apenas uma parte do imenso legado espiritual daquele quesegundo David Brooks, colunista do New York Timesseria eleito papa, caso os protestantes tivessem um.

“SIMPLES E COMUM”

Nascido em família abastada, John Robert Walmsley Stott era filho de sir Arnold Stottmédico da Família Real. Criado na Igreja Anglicana com as trêsirmãsele fez sua decisão por Cristo aos 18 anos de idade. A mente privilegiada levou-o à prestigiada Universidade de Cambridge, onde graduou-se em letras. Ali, conheceu a Aliança Bíblia Universitária e sentiu o chamado para o pastoradoFormou-se em teologia no Seminário Ridley Hall e logo assumiu opúlpito da Igreja Anglicana All Souls (“Todas as almas”), onde ministroudurante três décadassempre disponível às ovelhas apesar da agenda cada vez mais apertada.
Capelão da Coroa Britânica entre 1959 e 1991, foi neste período que oministério de Stott atingiu seu maior esplendorProtagonista do movimento conhecido como Evangelho integral, ele organizouna companhia do evangelista Billy Graham e outras lideranças, o Congresso Internacional deEvangelização, em Lausanne (Suíça), em 1974. O evento entrou para a históriada Igreja Cristã por lançar as bases de uma abordagem da  inteiramente contextualizada à sociedadesemcontudoabrir mão dos princípios basilaresdo Evangelhoconsubstanciada no Pacto de Lausanne. Fundou ainda o London Institute for Contemporary Christianity, em 1982.
John Stott escreveu cerca de 40 livros e percorreu o mundo como convidado especial em cruzadascongressos e solenidadesEsteve no Brasil duas vezesNuma delasreuniu cerca de 2 mil pastores no Congresso Vinde em 1989, com outro tanto do lado de fora por falta de espaço. Em todas estas viagenssempre recusou hospedagem em hotéis cinco estrelasNão costumava nem repetir refeições. “Quando comemos um segundo prato, alguém está deixando de comer o primeiro”, dizia. Tudo a ver com alguém queaoapenas um sítio e um apartamento e definia dessa maneira o que é ser evangélico: “É ser um cristão simples e comum.” (http://cristianismohoje.com.br)

Depoimento do Dr. Russell P. Shedd

"Deus me deu várias oportunidades para ouvir e conversar com o mundialmente conhecido Pr. John Stott. Sempre humilde (tomou lanche em nossa cozinha em São Paulo), sempre cordial, sempre pronto para expor um texto da Palavra de Deus. Pregou na Capela Metropolitana (hoje a Igreja Internacional do Calvário), quando eu era pastor. Ouvi-o pela primeira vez em Urbana, Illinois, EUA, expondo 2Coríntios 2.14–6.11 perante 11.000 jovens num congresso missionário, em 1964. No momento de perguntas e respostas, alguém indagou como ele encontrava tanto alimento espiritual no texto que acaba de expor. Respondeu com uma só palavra: "trabalho"!

Não casou, para cumprir o mandato que Deus lhe deu de ensinar e escrever, sempre esclarecendo e desafiando seus ouvintes e leitores. Fui a Cambridge para falar com C. S. Lewis sobre a possibilidade de publicar três dos seus livros em português; não encontrei Lewis, que palestrava em Oxford, mas, por acaso, encontrei um aluno que me informou que era crente. Como se entregou ao Senhor? Resposta: uma conferência de John Stott. Foi a primeira vez que ouvi esse nome. Não fazia ideia, há tantos anos passados, que um dia podia contar com sua amizade." (www.vidanova.com.br)
RUSSELL P. SHEDD


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Esdras Costa Bentho é teólogo e editor do Blog Teologia & Graça.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quão bondoso Amigo é Cristo!

Não existe amigo como Jesus. Quando consideramos tudo o que Ele fez por nós, e somos incapazes de retribuir, torna a nossa relação com Ele mais especial e incomparável a qualquer outro tipo de relacionamento.

O título deste hino: "Quão bondoso amigo é Cristo", era chamado pelo seu autor: "Orai sem cessar". Na verdade, esse era o título de um poema escrito para sua mãe que se encontrava muito enferma.
Talvez não exista outro hino tão precioso e tão íntimo, que transmita calma e esperança ao coração atribulado, como o cântico "Quão bondoso amigo é Cristo". Muitas vezes, os mais belos hinos nascem de tristezas e angústias.

José (Joseph) Scriven nasceu em Banbridge, no norte da Irlanda. Após ser graduado na famosa escola Trinity College, noivou com uma bela jovem, tão instruída e educada quanto ele.

José fez os preparativos para seu casamento com a jovem, que residia em uma outra região do país. Mas, que terrível dor e desespero tomou conta do seu coração ao saber que, na véspera do seu casamento, a sua noiva tinha morrido afogada. Foi a primeira tragédia que o jovem José tinha experimentado. Porém, na sua tristeza e dor, teve um encontro real e pessoal com Cristo que mudou toda a sua vida.

Em 1845, José Scriven resolveu mudar-se da irlanda para o Canadá, procurando deixar para trás as suas tristezas. Ele conseguiu um bom emprego como tutor dos filhos de um oficial do Exército e fixou residência no novo país. Passado algum tempo, conheceu Eliza Roche, uma jovem de boa família. A amizade aprofundou-se em amor e mais tarde noivaram. Poucos dias antes do casamento, a jovem foi acometida de uma doença grave e morreu repentinamente.
O jovem caiu numa forte crise de depressão, que seriamente comprometeu a sua saúde física. Duas vezes a morte tinha privado-o de um casamento e expectativa de uma vida feliz. Apesar desta grande aflição, ele nunca perdeu sua fé pessoal em Jesus. José estava vivendo neste tempo na cidade de Port Hope, na província de Ontário, no Canadá, gerenciando uma empresa de laticínios naquele lugar, quando chegou a conclusão de que Deus não queria que casasse, e resolveu gastar o seu dinheiro e sua vida ajudando os pobres e menos privilegiados. Ele foi chamado "o Bom Samaritano" pelo povo da cidade, repartindo com eles sua comida e roupas, e muitas vezes pagando o aluguel de famílias destituídas.

Um dia, José recebeu uma carta da sua velha mãe na Irlanda. Ela estava doente e sentia-se muito só. Não poderia fazer a longa viagem marítima até à Irlanda, devido a sua saúde abalada. Como confortar sua velha mãe? Como fazê-la sentir que tinha um Amigo que está ao seu lado em todo o tempo? Ele pensou nas tristezas e angústias que tinha passado e como Jesus tinha sido seu Amigo e Consolador. Naquela tarde, sentou-se à mesa e começou a escrever:

Quão bondoso Amigo é Cristo / Carregou com a nossa dor 
E nos manda que levemos / Os cuidados ao Senhor.

Decidiu enviar uma cópia desse poema para sua mãe e guardou uma para si. Scriven nunca pensou em publicar o poema, mas um amigo que o visitou poucos dias antes do seu falecimento viu, entre alguns papéis na sua mesa, o pequeno poema, e exclamou: "Quem escreveu estas belas palavras?". Scriven respondeu: "Eu e o Senhor Jesus". Pouco depois, o amigo mandou publicar o pequeno poema num jornal diário de sua cidade. O compositor alemão, Charles Converse, ao ler o jornal, viu o poema, cuja mensagem tocou profundamente o seu coração. Então, sentou-se ao piano e compôs a bela melodia que tanto realça as palavras do hino.

Até os dias de hoje não se sabe o que realmente aconteceu com Joseph Scriven no dia da sua morte, 10 de agosto de 1886, aos 46 anos de idade. Alguém que atravessou tantos infortúnios na vida, perdas e desilusões, evidentemente não fica imune de ser atingido por uma séria depressão e profunda tristeza. Um amigo dele deixou o seguinte registro:
"Deixamos Scriven por volta da meia noite. Fui para outro quarto ao lado, não para dormir, mas para vigiar e esperar. Dá para imaginar a minha surpresa e desapontamento, quando retornei e encontrei o quarto dele vazio. Todas as buscas foram em vão na tentativa de encontar o homem desaparecido, até que no dia seguinte à tarde, o corpo foi encontrado na água de um rio próximo, sem vida e gelado."

Este curto e simples hino tornou-se favorito de milhões de cristãos ao redor do mundo e se encontra em quase todos os hinários evangélicos. Ele está traduzido em mais de vinte idiomas. Este hino está classificado entre os dez mais conhecidos e mais amados de todos os tempos. Só em português, há pelo menos três versões. Abra sua Harpa Cristã no número 200 e deixe este belo hino transmitir consolo e paz ao seu coração.

A bela melodia foi composta por Charles Converse, que, ao ler o poema num jornal, cuja mensagem tocou profundamente o seu coração, sentiu-se inspirado a escrever a música que enriquece o texto.

Traduzido em mais de 20 idiomas, este hino está classificado entre os dez mais conhecidos e mais amados de todos os tempos.
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FONTE: Artigo originalmente publicado no Mensageiro da Paz, CPAD por Ruth Dorris Lemos, missionária norte-americana, fundadora do Ibad (Instituto Bíblico das ADs) em Pindamonhangaba. É musicista, jornalista e professora de Teologia. (Adaptado pelo autor do Blog).

Leia mais sobre este e outros hinos históricos no Blog Harpa Digital.

sábado, 9 de julho de 2011

Morre a pequena Ana Luiza


A pequena Ana Luiza, que completaria oito anos de idade este mês, faleceu, às 21h de hoje, no hospital HC Camargo, em São Paulo, vítima de um tipo raro de câncer: rabdomiossarcoma. A menina lutava desde setembro do ano passado contra a doença e mobilizou uma legião de fãs nas redes sociais.
A história da garota alegre nascida em Manaus começou a se transformar em 18 de setembro de 2010, quando a mesma acordou com náuseas e sentindo-se mal. Após algumas consultas que não diagnosticaram a causa do mal-estar, a menina foi medicada, mas reclamava à mãe que tinha problemas de visão. Exames mais detalhados, dessa vez de sangue e uma ressonância, apontaram, em 21 de setembro de 2010, uma “extensa lesão expansiva infiltrativa na base do crânio”, que, segundo os especialistas, podia se tratar de um linfoma ou um rabdomiossarcoma.
Com a confirmação do tipo raro da doença, a menina ficou internada em uma unidade hospitalar de Manaus e, em seguida, foi transferida, após indicação médica, em um avião UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), para São Paulo, onde permaneceu até os últimos momentos. “Ter um filho com câncer desarma qualquer guerreiro. Ante a possibilidade de perder um ser humano que é a razão da sua vida, você enfraquece. O medo paralisa e no mesmo instante, você pensa em entregar seu corpo pra ser sacrificado no lugar do seu filho”, disse a mãe, Carolina Coelho, em seu microblog na internet, criado especialmente para informar amigos e familiares periodicamente sobre o estado de saúde da menina.
Cateterismo, sessões de quimioterapia, queda do cabelo e a perda de vários quilos deixaram Ana Luiza debilitada, segundo informa a mãe da menina no blog (vidanormal.blogspot), Carolina Coelho. Nas fotos postadas pela família na internet, uma sequência mostra todo o efeito da medicação e a transformação da pequena, que chegou a passar pela UTI e voltar à consciência no mesmo mês.

Cirurgia
No dia 1º de junho, Ana Luiza foi submetida a um procedimento cirúrgico realizado por uma equipe multidisciplinar no HC Camargo. “E a cirurgia aconteceu hoje, 18/01/11, às 18h. Agora são 23h50 e vi agora pouco um post no twitter informando que já acabou e com a graça de Deus foi um sucesso”, disse uma amiga da família também na internet.
Contudo, as esperanças de cura ficaram escassas quando o padrasto, Marcos Varella, revelou em entrevista, dia 30 de junho, nove meses após o início do tratamento, que Ana Luiza não reagia mais aos medicamentos. Ela estava em coma. Dia 1º, uma notícia de melhora. A pequena voltara à consciência, “sem nenhuma intercorrência”.
A maioria das informações sobre o estado de saúde de Ana Luiza foi passada via internet, assim como a notícia de sua morte, dada pelo padrasto Marcos Varella, por volta das 21h de hoje, via twitter: “Se foi. Meu anjinho está no céu. Que Deus a receba de braços abertos”. A equipe de acrítica.com tentou contato com a mãe e amigos da família, mas não obteve sucesso até às 22h de hoje.
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