segunda-feira, 30 de abril de 2012
ENENEM Gospel
sábado, 28 de abril de 2012
"Hino da Harpa é coisa ultrapassada!"
terça-feira, 24 de abril de 2012
Teologia Raul Seixas e o Evangelho “maluco beleza”
Luiz Sayão
É fato conhecido que um dos pioneiros do rock nacional, que fez muito sucesso há cerca de três décadas, foi o controvertido Raul Seixas. Numa mistura de protesto e busca por respostas para a vida, o conhecido “Raulzito” causou a mais diversificada reação em todo o país.
Pouca gente sabe que o falecido roqueiro conheceu o Evangelho de Cristo. Chegou até mesmo a ter um filho com sua primeira companheira, que era filha de um missionário norte-americano. Todavia, a perspectiva panteísta e agnóstica de Raul Seixas mostrou que o famoso cantor não abriu o coração para a mensagem do Evangelho. Sua morte não deixa dúvidas sobre isso!
Por incrível que pareça, se Raul Seixas não se deixou influenciar pelas boas novas de Jesus, parece-me que suas idéias estão cada vez mais presentes na realidade evangélica contemporânea. Será possível que estamos caminhando para uma “teologia do Raul Seixas”? Será que teremos um evangelho “maluco beleza”? O amigo leitor pode dar sua própria opinião.
Enquanto as Escrituras deixam claro que existe apenas um Deus verdadeiro, que está acima de sua criação (Is 44.6; Rm 1.18-21), a perspectiva panteísta aparece expressa na música “Gita”, de Raul. Ele afirmava:
“Eu sou a luz das estrelas /
A mãe, o pai e o avô /
O filho que ainda não veio /
O início, o fim e o meio.”
Este enfoque tenta tirar de Deus a glória que só Ele tem e merece. De modo geral, o panteísmo que deifica a natureza acaba definindo como categoria suprema o fluxo do movimento. Heráclito sorriria no túmulo. Tais idéias, muito presentes nos filmes norte-americanos mais populares, parecem emergir do conceito de que Deus é uma energia, “um fluir” (unção?). Em certos redutos evangélicos já se pode perceber que Deus se tornou “um poder manipulável” por “comandos determinadores”. Além disso, o enfoque da teologia do processo, que já nos influencia com todos os seus desdobramentos específicos, também diminui Deus e o coloca sob o domínio do “fluxo do tempo”, sugerindo que Ele é apenas nosso sócio na construção da história.
METAMORFOSE AMBULANTE
A idéia da supremacia do fluxo do tempo desemboca na rejeição de outras categorias fixas. A única categoria é o próprio tempo, o novo senhor absoluto. Com esse pressuposto, já não podemos ter teologia e ética definidas e claras. Embora a Bíblia seja um livro de orientações muito cristalinas sobre Deus, a salvação e o propósito da vida (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), para muitos evangélicos, a teologia “maluco beleza” é preferível.
Como diria Raul:
“Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante /
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”
Se uma opinião for antiga, deve ser rejeitada! Há uma crise doutrinária e teológica em boa parte do meio evangélico. Muitas pessoas adotam hoje idéias liberais, místicas e extremistas sem a devida avaliação. Nesse caso, não importa sua fundamentação teológica, histórica e lógica. Viva a metamorfose!
Tal sensação de indefinição, presente no pensamento do roqueiro tupiniquim, ajudou a formar seu perfil estranho, controvertido e até mesmo bizarro. Não é que um grupo significativo de evangélicos também já tem se aproximado do esdrúxulo?! Há um certo desprezo pela reflexão, pela teologia, e o crescimento de práticas risíveis e simplesmente inacreditáveis. Será que podemos ouvir o eco da música de Raul ao contemplar grande parte do chamado meio evangélico atual? Será que estamos diante do
“Contemplando* a minha maluquez /
Misturada com minha lucidez”?
Até onde vai a nossa “maluquez”? Será que voltaremos à lucidez? Será que muitas reuniões religiosas de hoje estão nos deixando, “com certeza, maluco beleza”? Espero que essa sensação seja um exagero! Todavia, temo que não seja!
Não faz tanto tempo assim, os cristãos evangélicos entendiam que um culto de adoração a Deus tinha, de fato, Deus como o centro do culto. Muitos cânticos tinham letra elaborada, teologia saudável e enfatizavam os atributos e os atos de Deus. No entanto, em algumas reuniões dominicais de hoje, temo que o foco esteja sendo mudado. Novas canções falam de um amor quase romântico e indefinido, divertem a massa, exaltam unção, montanhas, Jerusalém, guerra etc. O conceito de dedicar o domingo para uma diversão sem propósito e finalidade bíblica é manifesta na teologia do Raul Seixas. Como ele mesmo dizia:
“Eu devia estar contente pelo Senhor ter me concedido o domingo para ir ao jardim zoológico dar pipocas aos macacos”.
Será que já podemos observar “uma fauna evangélica com suas macaquices litúrgicas”? Tomara que não! Espero que tudo que escrevo não passe de uma análise exagerada! Todavia, temo que não.
Como todo enfoque teológico, o pensamento do “teólogo-músico pós-ortodoxo” nacional, também possui as suas decorrências de ordem prática. Não há como fugir da realidade. A forma de pensar e ver o mundo influencia e determina a vida prática de qualquer pessoa. A verdade é que se adotarmos uma base panteísta, um pensamento relativista, uma ética indefinida e práticas místicas emocionalistas sem conteúdo, não chegaremos a lugar nenhum. E não é que o “grande teólogo-roqueiro” já sabia disso! Quem pode lembrar de sua “perspectiva teleológica” que determinou seu trágico fim?
“Este caminho que eu mesmo escolhi /
É tão fácil seguir/ Por não ter onde ir.”
Se a igreja evangélica brasileira desvalorizar a doutrina bíblica, desprezar a teologia, deixar de lado a ética e afundar-se no misticismo e nas novidades ideológicas frágeis, logo ela descobrirá que esse é um caminho “tão fácil de seguir”. O grande problema é que no final das contas “não teremos para onde ir”.
Mais do que nunca, precisamos desesperadamente voltar nossa atenção para as Escrituras Sagradas, com o verdadeiro desejo de obedecer a Deus e à sua verdade. Que Deus nos abençoe.
P. S.: (*) – Na verdade, esse trecho de “Maluco Beleza” traz a palavra “controlando”.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/04/teologia-raul-seixas-e-o-evangelho.html#ixzz1syiRPmPX
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sábado, 14 de abril de 2012
O discipulado de Paulo
Jair Barreto
Imagino como o testemunho de Estêvão foi relevante para a conversão de Paulo.
Ele, que vivia a serviço do Deus "olho por olho e dente por dente". Ver Estêvão, em sua última súplica, pedir o perdão de Deus aos que lhe matavam.
Como isto já devia estar transtornando suas convicções. Mas que Jesus era este, que ensinou aos seus discípulos que eles atrairiam outros a sua fé, sem lutas, sem socos, sem gritos ou imposição.
Interessante notar que no momento do seu encontro com Deus, na estrada de Damasco, ao ser barrado por aquela voz e luz, ele imediatamente passa a chamar Jesus de Senhor, sem indagações nem dúvidas, o que nos daria base para presumir o que discorremos acima sobre a influência de Estêvão a sua conversão.
Imediatamente, sua segunda pergunta foi: Que queres que eu faça?
Aqui vemos a predisposição em obedecer prontamente!
Se humilha, deixando-se ser guiado por outros. Vai até a casa designada e fica em contrição completa, em jejum e oração, imagino que refletindo todas as mortes e assassinatos daqueles que serviam a Jesus, assassinatos ora presenciados, ora por ele executados.
Cego, completamente vulnerável, talvez aguardando sua própria condenação, cuja consciência e religiosidade prévia diziam que devia ser "vida por vida", logo, que a sua, por aquilo que ele mesmo cria, deveria ser ceifada em razão dos seus atos.
Esperando por quem? Justo por um discípulo de Jesus, alguém que provavelmente poderia ser mais uma vítima sua no futuro, para que lhe restaurasse a visão.
Melhor ficasse cego, imagino que talvez pensou, do que de repente observar alguém parente de alguém que matei.
Para que a restauração da vista? A do apóstolo foi para enxergar a beleza do evangelho de Jesus, que culmina num ato de misericórdia de Deus justamente através de alguém que humanamente e pela própria lei a que Paulo havia se devotado a vida inteira, deveria matá-lo, o que não acontece, somente por intervenção divina, que mandou a Ananias recolher seu preconceito, raiva (talvez existente) e estender a mão de misericórdia.
Outra coisa... Porque o próprio Jesus, assim como o cegou, não diretamente o curou também?
Penso que justamente para que fique muito, muito claro, algo que só a Deus pertence: a punição de um homem por seus pecados, esta unicamente pelas mãos limpas, santas e justas de Deus. Da parte da igreja, a que lhe cabe, estender a mão de perdão e reconciliação a todo e qualquer a quem Deus em sua soberania resolver chamar de filho.
terça-feira, 10 de abril de 2012
A perfeita lei da liberdade
segunda-feira, 2 de abril de 2012
A canção de Karen
Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo. Salmo 22:6
“Sangrou meu Salvador? Morreu meu Soberano? Daria Ele a santa fronte por um verme como eu?”, escreveu Isaac Watts em um de seus famosos hinos. Desde então, algumas pessoas têm ignorado a última frase.
Em nossa era em que reina a psicologia do “sentir-se bem” e da “autorrealização”, foi colocada de lado a antiga teologia que afirma que somos vermes diante da glória de Deus. Uma geração que nega a existência do pecado certamente não quer ser humilhada por expressões como essa.
Do ponto de vista bíblico, no entanto, Isaac Watts estava correto. A boa-nova sobre Deus começa com a má notícia a nosso respeito. Perante Ele, nossa justiça é como trapos de imundícia. Não há nada em nós mesmos que nos torne dignos de sermos aceitos pelo Pai. Nada. Realmente somos vermes. Enquanto não admitirmos nossa grande necessidade, a Palavra não poderá prover Sua graça.
A teologia do “verme” tem dois lados. Um deles possui um aspecto aterrorizante e até mesmo fatal.
Durante uma longa viagem de avião rumo a outro país, me cansei de ler e decidi colocar o fone de ouvido para avaliar a seleção de música disponível. Uma voz da geração passada – agradável, nostálgica, com um toque de tristeza – soou pelo sistema de som. Abri o guia de entretenimento e li que o programa oferecia canções selecionadas de Karen e Richard Carpenter.
Karen Carpenter! Sua história veio à minha memória ao ouvir novamente a voz melancólica. Karen, acompanhada pelo irmão, Richard, conquistou grande sucesso como cantora na década de 1970, chegando a somar mais de cem milhões de cópias vendidas até a década de 1990. Encantadora e amada, Karen se tornou ídolo de muitas jovens. Porém, apesar da fama conquistada, Karen sofria de baixa autoestima. Ao observar-se no espelho, essa mulher atraente não conseguia parar de pensar em quanto era feia. Em 1983, Karen, aos 32 anos de idade, faleceu de parada cardíaca provocada pela anorexia nervosa. Por vários anos ela se obrigou a passar fome. Na época, parecia quase impossível aceitar a explicação de seu falecimento, mas desde sua morte trágica essa condição tem se tornado bem conhecida na vida de outras jovens.
O outro lado da teologia do “verme” é aquele que eu gostaria que Karen Carpenter tivesse conhecido. Aos olhos de Deus não somos vermes. Somos amados, preciosos, especiais, lindos. Somos príncipes e princesas do Rei do Céu.
*Extraído do site da Casa Publicadora Brasileira – Meditações Diárias