segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mais Poderoso que as ondas...

Dick Rentfro


“Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso do que o bramido das grandes águas, do que os poderosos vagalhões do mar” (Sl 93:4).
 
“Talvez ninguém deveria enfrentar uma onda tão alta quanto um prédio de oito andares e que quebra a cada vinte segundos, com a força do vagão de um trem… Quem surfa em ondas enormes não o faz porque é seguro, mas para sentir a emoção de domar uma onda assassina.” 


Essa declaração feita por Terry McCarthy, surfista no Waikiki, Havaí, lembra-me de minha longa e feliz carreira como evangelista, quando minha esposa e eu dirigimos mais de cem campanhas e vimos muitos serem batizados, prometendo embarcar numa emocionante aventura de “domar a onda assassina” do pecado e seguir a Cristo. 
O compromisso com Jesus Cristo envolve constante ameaça de perigo, mas os crentes abraçam o desafio, sabendo que nunca estão fora do alcance do cuidado amoroso do Pai celestial. As ondas não irão submergir a vida do surfista.
Pete Cabrinha, surfista experiente de 42 anos de idade, já havia dominado ondas assassinas antes, mas dessa vez, ao surfar descendo à frente de uma onda gigante, girando sobre o famoso Jaws Reef fora de Maui, naquele dia de janeiro, ele não conseguia encontrar o chão. A onda “estava crescendo na minha frente e atrás de mim, e parecia que eu não chegaria a lugar algum”, ele se lembra. Ele já havia visto dez ondas horríveis aquela manhã. Assim, enquanto Cabrinha ganhava velocidade descendo a onda, sua orla de quebra fechou-se rapidamente atrás dele. As pessoas observavam da praia e gritavam: “Vai, Pete, vai!” enquanto deslizava velozmente na água branca.
Quando alcançou águas calmas, outro surfista lhe disse que aquela havia sido a maior onda que ele jamais vira. Quando as fotos de sua façanha ficaram disponíveis, mostraram-lhe uma onda de mais de 21 metros. Fui informado de que todo surfista tem o sonho de surfar numa onda de mais de trinta metros. 

Vivendo no Limite 

A Billagong 2001, companhia australiana de surfe, criou a Odisseia Billabong, um fundo para pagar a viagem de surfistas para qualquer lugar do mundo, em busca da onda de mais de 30 metros. A Billabong premiará com 250 mil dólares o surfista que primeiro realizar a façanha. 
“Gerada por uma tempestade perfeita, longe, mar a dentro”, diz McCarthy, “a onda viaja a uma velocidade maior que 64 quilômetros por hora, quebrando com a força de um tremor de terra que pode ser ouvido vários quilômetros da praia; a onda de mais de 30 metros pode matar qualquer um que cair dela.” 
Impressiona-me o fato de que pessoas persigam um objetivo tão perigoso pelo simples prazer esportivo. A vida cristã é parecida com isso? Não estou encorajando os filhos de Deus a praticar esportes perigosos que são mais populares nessa área, mas compreendo a atração por hobbies aventureiros. Até o ex-presidente dos E.U.A., George H. W. Bush, comemorou seu 85º aniversário pulando de um avião.
Lembro-me de que minha mãe não permitiu que eu fizesse o curso de pilotagem que eu queria tanto. Mais tarde, porém, quando estava no meu primeiro ano de estágio como ministro, Rose, minha esposa, me emprestou os 70 dólares de que eu precisava para pagar o curso. Minha primeira viagem solo foi o mais próximo que eu cheguei na vida do que é “viver no limite”. 
Anos mais tarde, desci esquiando numa colina, aos 63 anos, conquistando primeiro a mais baixa para enfrentar desafios maiores depois. De tempos em tempos, eu levava uns bons tombos. Cada queda me ensinava uma nova lição de como esquiar melhor. Esquiei por dez anos até que meu médico sugeriu que parasse por questões de saúde. Infelizmente, esse foi o fim de outra era de aventuras. É indescritível a sensação de descer uma montanha com a neve voando e o vento contra o rosto.
A vida cristã, também, é cheia de aventuras e a atração é experimentar “mais de Ti, ó Deus”. É emocionante manter um compromisso diário com Jesus Cristo, uma renovação diária do novo nascimento e a santificação que é obra de uma vida. Todos passamos por aventuras de fé onde pensamos estar vivendo no limite, mas temos a alegria de saber que Jesus está ali, para nos manter seguros.   

Emoções e Quedas 

Descobri que a vida cristã, com o Céu a ganhar e o inferno a evitar, é a maior aventura dos seres humanos, mas a derrota nunca subiu à minha mente, pois com Jesus somos sempre vencedores. Após estar fora da notoriedade do evangelismo público por mais de 25 anos, ainda tenho contato com pessoas que foram parte daquela aventura.
A aventura da vida cristã também inclui as quedas. Quando era jovem, passei por uns “desvios” e, mais tarde, quando era pastor, com meus trinta e poucos anos, meu passado me incomodava a tal ponto que pedi a meu associado que me rebatizasse secretamente num lago. Ao olhar para trás, não estou certo de que aquela atitude foi correta, uma vez que o rebatismo pode se tornar uma porta que balança presa por dobradiças. Tenho certeza de que ainda sofrerei várias quedas antes de chegar ao Céu. Todos nós caímos.
O mundo desafia nossa fé com sua versão da onda de mais 30 metros, ao vivermos no limite com Cristo. Podemos esperar por ondas inesperadas ao nos aproximarmos da praia do país de glória. Surgirão situações para desafiar nossa confiança e compromisso, mas com Jesus e Seu Espírito Santo trabalhando em nós, sempre estaremos acima da onda.
E o tempo de angústia do fim dos tempos? Que venha essa poderosa onda! Por quê? Porque, então, estaremos seguros em Cristo. O tempo de angústia não é algo feito para amedrontar filhos desobedientes. Sim, o povo de Deus será provado, mas será trasladado e reunido com seus queridos. Deus diz: “Eles serão para Mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve” (Ml 3:17). 

Que dia abençoado será esse!

Amor Restaurado

Graça e Paz do Mestre Jesus seja contigo, leitor!
Após alguns dias com o PC meio estragado, voltei (risos).

Devido à intensão discussão nas últimas semanas sobre o PLC 122/2006, estou lendo e buscando informações sobre homossexualidade.
Há um rumor muito grande na Igreja brasileira sobre isso, mas meu interesse no momento é descobrir o que se passa no coração de uma pessoa homossexual, para que, ao entender-lhe as atitudes, possa escrever melhor sobre isso - sempre combatendo o pecado, mas apregoando com amor e carinho as boas novas do Evangelho (que muda e transforma de verdade) para gays, lésbicas, bi etc.

Nessa busca, encontrei um livro muito bom e altamente recomendado não só para homossexuais, mas sim para a Igreja em geral. Mário Bergner traz, com seriedade e reverência, sua autobiografia em Amor Restaurado, onde conta sobre os diversos acontecimentos em sua infância/adolescência que deturparam sua identidade sexual, suas lutas, dores e sua vitoriosa transformação de homo para heterossexual, pelo poder do Senhor Jesus.
Confesso, leitor, que chorei acompanhando a trajetória de Mário. Este livro me marcou profundamente.
Segue abaixo mais informações sobre a obra. O texto a seguir é de autoria de Leanne Payne, autora do livro Imagens Partidas e líder do Pastoral Care Ministries.

Amor Restaurado" é um livro importante por diversos motivos. Antes de mais nada, porque muitos que necessitam de libertação e cura das neuroses sexuais as encontrarão enquanto ainda o estiverem lendo. Ele indica um caminho bastante seguro a todos que se disponham a percorrê-lo.
Não existe livro que retrate melhor (do ponto de vista de alguém que sofreu intensa perturbação), o que significa assumir seus verdadeiros problemas - nem até que ponto, as barreiras que as pessoas erguem para se proteger da maldade e das privações contribuem para o desenvolvimento de uma sexualidade distorcida e da homossexualidade.
Mário Bergner descreve sua neurose sexual como a ambivalência do "mesmo sexo" e a homossexualidade como de fato é: o modo pelo qual a sentia e via, sob a perspectiva de alguém que se encontrava do lado de dentro e como a deixou. Descreve-a também como um transtorno relacionado aos símbolos e conta o que fez para se desvencilhar dos símbolos doentios e substituí-los por outros, sadios, que o Senhor lhe deu.
O capítulo sobre misoginia (aversão às mulheres) é extraordinário, incomparável no modo de tratar a questão da ambivalência do "sexo oposto", bem como, a luta necessária para que uma pessoa do sexo masculino se liberte das transferências para a figura da mulher.
A sinceridade de Mário para com Deus, para consigo próprio e para com os outros, por si só, já bastaria para conduzi-lo à cura. Nunca conheci ninguém que se expusesse como ele. Ao fazê-lo, aqueles que têm necessidades semelhantes ouvem a própria história.
Muitos percebem, pela primeira vez, que "não sou o único que tem esses sentimentos", ou essas "fantasias", ou esses "receios de resvalar pelas frestas do não-ser".
Muita gente, depois de ler este livro, pela primeira vez se dará conta do que realmente é a "ansiedade causada pela separação" e saberá que existe um bálsamo capaz de curar até esta ferida, de todas, a mais profunda. Da atitude de compartilhar tudo isso, brota a alegria do Senhor.
Mário teve de enfrentar muito cedo a maldade humana, sua expressão, suas conseqüências. Uma vez identificado e classificado o mal que o afligia, ele não se esquivou da necessidade de reconhecê-lo dentro de si mesmo. Pelo contrário, chamou-o pelo nome, tão logo o viu. Você está se perguntando por que algumas pessoas recebem tão grande porção de cura, enquanto outras pessoas a recebem tão pequena? Observar ou ler a história de Mário é saber o por que.
No momento em que toma consciência do pecado em sua vida, ele o confessa e lhe dá as costas, com todas as suas forças. Mário ama o Santo, o belo, o justo, o verdadeiro e sabe que fazem parte da busca, da jornada mais emocionante que podemos empreender: a que visa a estabelecer ordem no amor.


De todas as paixões, talvez nenhuma exerça pressão tão grande sobre a alma e a psiquê humanas quanto a sexualidade. Mas nenhuma compulsão é tão poderosa que não possa ser rompida pela fé e curada. como demonstra Mário Bergner em sua fascinante autobiografia, o moderno pressuposto de que a sexualidade, em especial a homossexualidade, é imutável, é uma mentira destrutiva. (Jefrey Burke Satinover)
 
Interessou? Clique aqui.

Você sabe mesmo o que é o PLC 122?


Ciro Sanches Zibordi


Muitos cristãos gostariam de entender o PLC 122, em discussão no Senado Federal, e opinar sobre ele, mas não têm paciência para examiná-lo. Pensando nisso, escrevi este artigo, com a intenção de ajudar os irmãos em Cristo que não têm o hábito de ler textos cheios de abreviaturas, sinais, referências a leis, etc.

É importante ter em mente, antes de tudo, que
o PLC 122 não é apenas inconstitucional. Ele é anticonstitucional. Afinal, há coisas que não estão previstas ainda na Constituição Federal, mas que podem ou devem ser legitimadas. Mas o aludido projeto de lei é contrário ao direito constitucional da livre expressão do pensamento.

O que significa PLC 122/2006?


PLC significa Projeto de Lei da Câmara. 122 é o número desse projeto. E 2006, o ano em que ele foi apresentado.


Quem é o autor do PLC 122 e com que objetivo foi apresentado?


Sua autora é a ex-deputada federal Iara Bernardi. E ele foi apresentado com o objetivo de modificar leis que definem os crimes resultantes de vários tipos de discriminação e preconceito de raça ou de cor.


Quais são os problemas do PLC 122?


O primeiro problema desse projeto é que, ao propor a ampliação do leque de crimes de discriminação ou preconceito, ele
contribui para o surgimento de uma super-raça, baseada na orientação sexual. Observe como ficará a redação da lei vigente, caso o PLC 122 seja aprovado: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”.

Em outras palavras, discriminação ou preconceito motivados por raça e orientação sexual seriam colocados no mesmo bojo. E isso, sem dúvidas, é uma tentativa de dar, à luz do contexto, aos homossexuais o
status de “raça superior”. Seria a orientação sexual de uma pessoa tão prioritária quanto a sua raça? Claro que não! Afinal, as pessoas nascem brancas, negras, etc. Mas não há comprovação científica de que alguém já nasça homossexual, a despeito de muitos estudiosos simpatizantes do homossexualismo estarem afirmando isso.

As punições para quem “discriminar” alguém por causa de sua orientação sexual, previstas no PLC 122, são pesadíssimas. Vejamos uma parte do projeto que afetará diretamente as igrejas evangélicas: “Art. 5º.
Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos”.

Digamos que um travesti entre bêbado em uma igreja evangélica e comece a atrapalhar o culto e xingar as pessoas. Se o pastor pedir para os diáconos retirarem o baderneiro da reunião, o tal poderá processar o pastor por preconceito e discriminação (homofobia), como se tivesse cometido um crime idêntico ao racismo!


Outro exemplo: “Art. 8ºA.
Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no art. 1º desta Lei: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos”.

Digamos que dois gays resolvam se beijar dentro de um templo evangélico, que é um local aberto ao público. Se um diácono chamar a atenção do “casal” (visto que se beijar dentro do templo é aberrante até para um casal heterossexual), a igreja poderá ser processada por homofobia.


Quer mais um exemplo? Veja: “Art. 20º. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero: § 5º
O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”.

Em outras palavras, o simples fato de um escritor evangélico expor o seu pensamento contrário ao homossexualismo já será considerado crime (homofobia), pois a lei, se aprovada, envolverá “a prática de qualquer tipo de ação... filosófica”. Qualquer homossexual terá elementos para processar o escritor tão-somente porque ele discorda, filosoficamente, do homossexualismo.


Diante do exposto, opor-se ao PLC 122 é uma causa nobre e legítima.
Os evangélicos não são ignorantes, fundamentalistas, nem estão com síndrome de perseguição. A despeito de o Senhor Jesus ter previsto que os seus seguidores sofreriam oposição por causa do seu nome, é nosso dever como cidadãos protestar pacificamente contra quaisquer ações contrárias à Constituição Federal, principalmente as que nos afetam diretamente.

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Este e outros artigos relevantes, você encontra no Blog do Ciro.
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